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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Já é primavera!


Um mês sem escrever nada. Acho que foi o meu recorde. Mas minha voz não se calou, pela graça, bondade e misericórdia dEle. Estava difícil parar, colocar ordem nas coisas aqui dentro. Some-se a isso uma batalha muito grande na minha mente, que causou um tempo de estagnação, como a planta que aguarda ansiosamente pelo início da primavera, pelo calor que pode derreter o gelo endurecendo o solo. Mas um solo congelado não é um solo estéril, sabemos disso! E o calor do Espírito Santo aqueceu esse solo aqui dentro... louvor, gratidão, paz, paixão voltaram a encher o ar! Ar que eu respiro... Tu és o ar que eu respiro, Senhor! Não consigo explicar, mas agora que a primavera começou [começou mais cedo aqui, desculpa aí! rs] eu fico lembrando de cada sinal da chegada dela, de cada detalhe, de cada mover dEle até este momento...

Não foi bom o inverno, mas esses períodos são importantes para nos mantermos alertas, atentos, não deixarmos a peteca cair. E também são importantes para valorizarmos e apreciarmos o valor da primavera. Porque as diferentes estações da vida são certas como as estações do clima, o importante é impedir que elas perdurem por mais tempo que o comum, que o necessário para gerar nova vida. Atentos, podemos impedir que a estação gelada dure mais do que seu tempo normal.

Sabe aquela paz que excede todo entendimento? Está mais palpável agora... O inverno incomoda, sim, mas seu fim permite o surgimento da vida. NOVA vida. E sinto essa vida, essas coisas velhas sendo feitas novas outra vez pulsando, brotando dentro de mim no ritmo do Criador.
Quero ressaltar que a gente não precisa estar fora da igreja para viver um inverno ou frente fria espiritual. A gente não precisa estar inativo para viver isso. Acontece sem percebermos e mesmo que dure pouco tempo, incomoda um tanto. Como eu disse, no meio do inverno é difícil acreditar que o frio vai passar, que as coisas vão mudar. Mas quando a primavera se anuncia, e chega!, é tudo claro demais de se perceber!

Fico pensando em um trecho de uma música que traduzi essa semana que, corajosamente, diz: "Porque quando eu sei para onde estou indo, meus olhos me impedem de confiar em Ti. Eu quero confiar em Ti". [Jason Upton] Se é assim que tem que ser, que assim seja. 

Seja bem-vinda primavera, sejam bem-vindos outra vez, sonhos de Deus, não direi seja bem-vindo Espírito Santo, porque as boas vindas são para quem vem e vai. Tua cadeira é cativa, como cativa e cativada sou por Ti e de Ti!

Beauty Will Rise

Steven Curtis Chapman

It was the day the world went wrong
Foi o dia em que o mundo deu errado
I screamed til my voice was gone
Eu gritei até ficar sem voz
And watched through the tears as everything
E assisti por trás das lágrimas enquanto tudo
Came crashing down
Ia abaixo
Slowy panic turns to pain

As we awake to what remains
Enquanto despertamos para o que permanece
And sift through the ashes
E peneiramos as cinzas
That are left behind
Que foram deixadas para trás

But buried deep beneath
Mas enterradas lá no fundo
All our broken dreams we have this hope
De todos nossos sonhos partidos temos esperança

Out of these ashes beauty will rise
A partir dessas cinzas a beleza se levantará
And we will dance among the ruins
E dançaremos em volta das ruínas
We will see it with our own eyes
Vamos ver com nossos próprios olhos
Out of these ashes beauty will rise
A partir dessas cinzas a beleza se levantará
For we know joy is coming in the morning
Porque sabemos que a alegria está vindo pela manhã
In the morning, beauty will rise
Na manhã a beleza se levantará

So take another breath for now
Então tome outro fôlego agora
And let the tears come washing down
E deixe as lágrimas descerem lavando
And if you can't believe, I will believe for you
E se você não pode crer, eu vou crer por você
Cause I have seen the signs of spring
Porque eu tenho visto os sinais da primavera
Just watch and see
Basta olhar e ver

Out of these ashes beauty will rise
A partir dessas cinzas a beleza se levantará
And we will dance among the ruins
E dançaremos em volta das ruínas
We will see it with our own eyes
Vamos ver com nossos próprios olhos
Out of these ashes beauty will rise
A partir dessas cinzas a beleza se levantará
For we know joy is coming in the morning
Porque sabemos que a alegria está vindo pela manhã
In the morning
Na manhã

I can hear it in the distance
Eu posso ouvir na distância
And it's not too far away
E não está tão longe assim
It's the music and the laughter
É a música e o riso
Of a wedding and a feast
De um casamento e um banquete
I can almost feel the hand of God
Eu quase posso sentir a mão de Deus
Reaching for my face to wipe the tears away
Alcançando meu rosto para enxugar minhas lágrimas
You say it's time to make everything new
Tu dizes que é tempo para fazer tudo novo
Make it all new
Faça tudo novo

This is our hope
Essa é a nossa esperança
This is a promise
Essa é uma promessa
This is our hope
Essa é a nossa esperança
This is a promise
Essa é uma promessa

It will take our breath away
Vai tirar o nosso fôlego [e como tira!]
To see the beauty that's been made
Ver a beleza que foi feita
Out of the ashes, out of the ashes
A partir das cinzas, a partir das cinzas

It will take our breath away
Vai tirar o nosso fôlego
To see the beauty that He's made
Ver a beleza que Ele criou
Out of the ashes, out of the ashes
A partir das cinzas, a partir das cinzas

Out of these ashes
A partir das cinzas
Beauty will rise
A beleza se levantará
And we will dance among the ruins
E dançaremos ao redor das ruínas
We will see it with our own eyes
Nós veremos com nossos próprios olhos
Out of this darkness
Além da escuridão
New light will shine
Nova luz irá brilhar
And we'll know the joy that's coming in the morning
E saberemos que a alegria está chegando pela manhã
In the morning
Na manhã
Beauty will rise
A beleza se levantará
Oh, beauty will rise
Oh, a beleza se levantará


p.s.: apenas a título de curiosidade, essa música composta pelo Steven Curtis Chapman encabeça o álbum de mesmo nome que ele lançou pouco depois da morte de uma de suas filhas adotivas, atropelada acidentalmente na garagem de casa pelo filho mais velho dele.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tempo de novidade... de vida!

Fui checar no Tempo Agora se a primavera começa amanhã ou depois de amanhã e, quando vi entre o ícone representando cada estação, a folhinha alaranjada de outono, meu olho até brilhou! Mas não vamos viver antecipadamente, porque em dois dias começa a primavera!

Já escrevi um post fazendo algumas associações à primavera esse ano e hoje não pretendo repetir isso. Vou usar o texto de outra pessoa, mas, antes, deixa eu compartilhar uma coisa que me passou pela cabeça sobre as estações enquanto pensava nesse texto.

Que comparamos às estações, não sem motivo, aos períodos da nossas vidas, não é novidade. Mas estava pensando em uma coisa. O outono seria aquele momento em que nos voltamos pra cima e pra dentro, que é onde o céu se encontra conosco - aos nascidos de novo em Cristo, claro. Nesse movimento, de olhar pra Ele e olhar pra dentro, de decidirmos nos abrir à ação d'Ele em nós, meditamos, sonhamos e planejamos. Há esperança. Mas então, chega o inverno, é o momento em que Ele vai nos tratar pra que esses sonhos e planos d'Ele pra nossas vidas se concretizem. Nessa hora é fácil deixar a dúvida roubar o lugar da esperança e nos afastar não só desses planos, mas também da vontade de Deus pra nós. Fico pensando que foi isso que aconteceu com esse rapaz cujo testemunho vamos acompanhar logo a frente. Mas ele, e tantos outros quantos decidirem se arrepender e voltar, como ele, podem ver o início de um novo tempo, da primavera. A primavera é o tempo de novidade, coisas novas! É o tempo do despontar de novas cores, flores, cheiros e sabores. A primavera é o tempo em que vemos aqueles sonhos e planos de Deus ganharem vida e tomarem forma... e quando for verão, eles já estarão estabelecidos, e já servirão como base pro surgimento de novos sonhos e planos, porque nosso Deus é criativo, nosso tempo aqui, nessa Terra, não é estático. Temos que aprender a reconhecer a mão daquele que é Senhor do Tempo e de nossas vidas, para que não percamos nada. Mas praqueles que se desviaram, não é tarde pra voltar a viver as estações de Deus pra suas vidas... como foi o caso do Simon Kang, líder da banda 5AM:

ESTOU VOLTANDO

Esta música foi escrita em 3 de agosto de 2009.


Quando estou com o coração carregado de um sentimento, às vezes, alguns minutos na frente do piano são suficientes para gerar uma canção. Desta vez, o "sentimento" que fez com que isso acontecesse foi simples: arrependimento.


Naquela segunda-feira, havia almoçado com um amigo. Nossa amizade é muito preciosa, principalmente pela sinceridade que temos um com o outro. A conversa se desenvolveu até um ponto em que comentávamos sobre nossa saúde espiritual e ele, com amor, me disse que eu havia perdido algo, que havia me esfriado na fé.


A primeira coisa que veio à minha mente foi procurar uma justificativa; alguma desculpa, mas as palavras de repreensão, confirmadas pelo poder do Espírito Santo, fizeram com que me calasse e simplesmente lamentasse. Após algumas horas, esse lamento se tornou em uma oração e depois, uma ação: “Quando eu quebro a lei, quebro o meu coração”, e isso é uma evidência de que o Consolador habita em nós. Espero que você tenha notado as aspas na palavra "sentimento", no primeiro parágrafo, pois para mim arrependimento verdadeiro implica em atitude.


Lembrei que quando estava mais próximo das escrituras, ela me orientava e me transformava. Ao olhar para trás, percebo que os momentos em que mais cresci e tomei decisões certas foram quando estava meditando nas palavras do Senhor. Muitas vezes, pessoas diziam que era preciso voltar para Deus, mas isso soava tão abstrato e incompreensível! Não sabia por onde começar esse tal retorno. Não achava que tinha me arrependido, a menos que chorasse ou ficasse amargurado por dias. No entanto, voltar para as palavras do Senhor foi e é algo concreto e transformador.


Sob essa perspectiva, achava que o arrependimento se tratava de um sentimento em relação a algo cometido contra o Senhor, mas hoje creio que tem muito mais a ver com a minha atitude diante do pecado, que foi perdoado.


Embora não tenha sido fácil, foi preciso admitir que eu já não era o mesmo, para começar o meu retorno. Hoje, essa canção não se trata apenas daquele dia, mas ela é uma oração diária, um lembrete de que preciso viver em arrependimento contínuo, “pois eu não suportaria ver o homem que eu era voltar a viver”...


Simon Kang


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Spring is coming...

Umas semanas atrás, meio cansada do frio insistente, um novo pensamento veio à minha mente: a melhor coisa do inverno é que a primavera já vem em seguida! =D Desculpem, sou uma garota que se agrada mais dos equinócios!

Peguei uma virose que, pela demora em ir embora, nos faz começar a suspeitar da possibilidade de que seja dengue. Os sintomas começaram na quarta à noite e vão mudando com o passar dos dias. Então, se esse post estiver muito do chato, já sabem a quem culpar: Aedes aegypti! haha Isso só depois do exame que eu devo fazer dentro de uns dois dias, não sejamos injustos, né? Mas foi um pouquinho frustrante olhar pra fora e ver dias tão bonitos, ensolarados, inspiradores e não ter ânimo pra fazer absolutamente nada. Não gostei nada da experiência (não estou gostando, aliás), mas como sempre, de todas as coisas podemos tirar algo pra aprender.

Sentindo tantos tipos diferentes de mau-estar, pude pensar que na ausência é que realmente damos valor. Enquanto nossa saúde está intacta, sem oscilações, nem lembramos de agradecer a Deus pela dádiva que ela é pra nós, mas quando sentimos a menor dor sequer, começamos a murmurar. Me peguei lembrando de tantas situações em que não tive tempo pra parar, ou que estive saltitante da vida até incomodando as pessoas (né, Cloue? :p), e nem pensei no quanto a saúde e o bem-estar foi parte do pacote do Papai sobre mim.

Se não fosse pelo inverno, a primavera não teria a graça que tem. Se não fosse pelo verão, o outono não teria a graça que tem (pelo menos não toda ela). Mas os extremos dão o valor ao equilíbrio. O tempo seco no que vemos e sentimos é que faz com que nossos sentidos anseiem tanto pela beleza e alegria da primavera. E o calor e umidade intensos do verão é que também conferem aquela agradável beleza introspectiva ao outono.

Ontem, no caminho pra casa, pude observar uma árvore próxima do anel rodoviário. Sabe aquelas árvores que ficam sozinhas ou bem espaçadas depois de algumas obras viárias? Algumas chamam muito a minha atenção por sua beleza, e, então, começo a tentar apreender as mudanças que estão acontecendo ao tempo por meio delas. E umas duas semanas atrás, olhei pra essa árvore e me impressionei pela sua aparência completamente seca. Mas apesar disso, a vida estava borbulhando ali dentro daqueles troncos tão vulneráveis e abatidos. Porque ontem mesmo, ao olhar novamente, já havia um monte de flores vermelhas dando cor ao exterior daquela árvore. E eu fico com minha "voz interior" embargada ao me lembrar de que o nosso Deus nos compara a árvores, não a quaisquer árvores, mas a árvores plantadas junto a uma fonte de águas que nunca irá faltar, nem nunca estará poluída, mas será sempre viva e sempre vida.

 "É como árvore plantada à beira de águas correntes: 
Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham". 
Salmo 1.3

O Steven Curtis Chapman pôde comprovar isso por si só, como eu contei no post "Viver o que se canta". E eu não poderia colocar música melhor pra ilustrar essa mudança de estação a caminho do que a dele. Mesmo que o inverno que ele viva lá no Norte, e tenha vivido na vida pessoal, tenha sido bem mais rigoroso...




Spring is Coming
Steven Curtis Chapman


We planted the seed while the tears of our grief soaked the ground
Nós plantamos a semente enquanto as lágrimas de nossa dor encharcam o solo
The sky lost its sun, and the world lost its green to lifeless brown
O céu perdeu o seu sol e o mundo perdeu o seu verde pro marrom sem vida
Now the chilling wind has turned the earth hard as stone
Agora o vento frio deixou a terra dura como pedra
And silently seed rise beneath ice and snow
E silenciosamente a semente nasce embaixo de gelo e neve

And my heart's heavy now
E meu coração está pesado agora
But I'm not letting go of this hope I have that tells me
Mas eu não estou abrindo mão desta esperança que eu tenho que me diz

Spring is coming, Spring is coming
A primavera está chegando, a primavera está chegando
And all we've been hoping and longing for soon will appear
E tudo pelo que esperamos e ansiamos em breve aparecerá
Spring is coming, Spring is coming
A primavera está chegando, a primavera está chegando
It won't be long now, it's just about here
Não vai demorar muito agora, está quase aqui

Hear the birds start to sing
Ouça os pássaros que começam a cantar
Feel the life in the breeze
Sinta a vida na brisa
Watch the ice melt away
Assista o gelo se derreter
The kids are coming out to play
As crianças estão saindo pra brincar

Feel the sun on your skin
Sinta o sol em sua pele
Growing strong and warm again
Ficando forte e quente outra vez
Watch the ground: there's something moving
Olhe o chão: há algo se movendo
Something is breaking through
Algo está rompendo
New life is breaking through
Nova vida está rompendo

Spring is coming, Spring is coming
A primavera está chegando, a primavera está chegando
And all we've been hoping and longing for soon will appear
E tudo pelo que esperamos e ansiamos em breve aparecerá
Spring is coming, Spring is coming
A primavera está chegando, a primavera está chegando
It won't be long now, it's just about here
Não vai demorar muito agora, está quase aqui

Spring is coming, Spring is coming
A primavera está chegando, a primavera está chegando
(Out of these ashes, beauty will rise)
(A partir dessas cinzas, a beleza vai se erguer)
And all we've been hoping and longing for soon will appear
E tudo pelo que esperamos e ansiamos em breve aparecerá
(Sorrow will be turned to joy)
(Tristeza se tornará alegria)
And all we've been hoping and longing for soon will appear
E tudo pelo que esperamos e ansiamos em breve aparecerá
(All we hoped for soon will appear)
(Tudo pelo que esperamos em breve aparecerá)
Spring is coming, Spring is coming
A primavera está chegando, a primavera está chegando
(Out of the dark clouds, beauty will shine)
(Das nuvens escuras, a beleza irá brilhar)
(All above in heaven, rejoice)
(Tudo acima nos céus, regozije-se)
It won't be long now, it's just about here
Não vai demorar muito agora, está quase aqui
(Spring is coming soon)
(A primavera está chegando logo)

(Spring is coming soon)
(A primavera está chegando logo)

domingo, 17 de abril de 2011

Ventos de paz...

Nessa linda e ensolarada manhã de domingo, ao acordar e abrir a porta do meu quarto, senti aquele ventinho típico de outono. Friozinho e insistente, querendo empurrar o que está pela frente, mas sem muita força pra isso. Que coisa mais boa. Foi como um bom dia do meu Pai. Da mesma forma que Ele falou com Elias por meio de um "murmúrio de uma brisa suave" [1Rs 19.12 / NVI], Ele me deu bom dia por meio desse ventinho gostoso de um outono que apenas começa...

E então, já sem a dor de cabeça que tentou atrapalhar minha noite, pude me lembrar do dia anterior e processá-lo para um nível mais interior. Que paz.

Queria começar esse post falando desse "momento brisa", então deixei essa observação pra agora: começo a escrever esse post sem muita certeza do rumo que ele vai tomar, apenas com um desejo muito grande de construí-lo, caractere por caractere, percepção por percepção, sentimento por sentimento.

Ainda tem alguém aí? rs Estou velejando aqui... E às vezes as ondas se agitam, outras o céu se enegrece, mas a paz permanece. Mesmo ontem, em meio a tantas coisas - novas, desafiadoras, esperançosas, ela permanecia. Mesmo em meio à dor de cabeça. Quando eu achava que estava no último pauzinho de bateria, prestes a desligar, descobria um pouquinho mais de carga pro meu corpo funcionar... rs

Tá confuso isso, né? Meio sem propósito... Mas só consigo pensar na paz de Deus, que supera todo o nosso entendimento. E em como esse vento de outono nessa manhã pareceu aumentar minha compreensão dela dentro de mim.

É especial pra mim falar de vento hoje. Dos ventos do outono. O Espírito os colocou nos meus lábios ontem na maioria das vezes em que testemunhei. Foi meu primeiro evangelismo corpo a corpo mesmo, pra parar, sentar, ouvir, falar, e não apenas entregar algo ou convidar pra alguma programação. Sei que me embolei em alguns momentos, mas tenho a consciência de que isso vai melhorar pela graça d'Ele, e tenho também a consciência de uma gratidão muito forte porque, pra uma primeira vez, foi bem melhor do que esperava. Não por mérito meu, claro. Nunca.

Também sou grata pelo privilégio de trabalhar pra Ele junto de pessoas tão queridas e especiais. É muito bom ser parte de um Corpo que quer honrá-Lo antes de qualquer coisa. Sem isso somos apenas um órgão mergulhado em uma vasilha com formol. Criados para desempenhar uma função, mas inertes. Fora do Corpo somos frustrados, porque corremos atrás do vento.


Mas os ventos do outono me fazem lembrar de que ainda que (ainda! rs) eu não possa vê-Lo, posso senti-Lo, acariciando minha alma e me lembrando de que Ele foi a melhor coisa que já me aconteceu. Me lembrando desse amor que vai tão além do meu entendimento, assim como a paz que Ele me dá. E ontem tentei deixar clara essa mensagem para algumas pessoas: que Deus é como o vento, não podemos vê-Lo (ainda!!!), mas podemos senti-Lo, e sentir Seu amor e cuidado para com as nossas vidas. [Um Amor pra Recordar detected! Tô ligada, mas foi desse filme mesmo que Ele me lembrou essa semana e ontem... rs]

Tenho que acrescentar que tenho sido surpreendida por essa paz. Surpreendida mesmo, porque não esperava que ela pudesse ser forte o suficiente para calar algumas ansiedades dentro de mim. Mas tem sido. É um mistério, né? Que amor. Ah, que amor!

No fim das contas, duas palavras marcam meu coração nesse dia: paz e gratidão. Que os ventos desse outono também possam mexer com seu interior, trazendo ao seu coração a percepção do amor e do cuidado d'Ele também na sua vida.

"Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas".  
Lucas 12:29-31





Sailboats
Brooke Fraser

We're adrift on a sailboat
Estamos à deriva em um veleiro
My love is the sea
Meu amor é o mar
Yours is the horizon
O teu é o horizonte
Constant and steady
Firme e constante

You set my limbs locked hard afloat
Você me deixou longe da orla flutuando
Lifted my lonesome sails
Levantou minhas solitárias velas
The tide is out, the moon is high
A maré está baixa, a lua está alta
We're sailing
Estamos navegando

Darling, your love is healing
Querido, seu amor é a cura
And makes the bitter sweet
E faz o doce amargo
Warms the winter to spring again
Aquece o inverno para a primavera novamente
Secures the colds defeat
Protege para derrotar o frio

We're cutting anchor
Estamos jogando a âncora
Casting out into the glorious deep
Lançando para o fundo glorioso
The tide is out, the moon is high
A maré está baixa, a lua está alta
We're sailing
Estamos navegando

When we succumb to decrepitude
Quando sucumbirmos à decrepitude [extrema velhice]
Still our love will remain in its youth
Ainda assim o nosso amor vai permanecer em sua juventude

The tide is out, the moon is high
A maré está baixa, a lua está alta
We're sailing
Estamos navegando
We're sailing
Estamos navegando
We're sailing
Estamos navegando

** essa música é romântica, né? Só lembrei disso depois... mas ela tem o dom de colocar em notas [e todos os outros termos técnicos dos quais não faço ideia! rs] uma percepção dessa paz... muito linda... 

sábado, 6 de novembro de 2010

Mulheres de Inverno

Gente, meu inglês não é lá uma maravilha, mas tô pedindo ao Espírito Santo pra me dar uma força a mais pra que eu traduza um texto simplesmente maravilhoso que acabei de ler do Max Lucado. Meu Pai, eu preciso de uma prateleira com todos os livros possíveis e imagináveis desse homem de Deus! E se, em Sua infinita Graça, Ele me desse um pouquinho desse talento, unção e sabedoria... tava feita! Mas pra glória d'Ele, claro!

Mas chega de papo furado e deixa eu começar essa tarefa árdua, mas prazerosa!

Mulheres de Inverno
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Por Max Lucado

I
Os pranteadores não fizeram ele parar. Nem o fez a grande multidão, ou mesmo o corpo de um homem morto no “caixão”. Foi a mulher – o olhar em sua face e a vermelhidão em seus olhos. Ele soube imediatamente o que estava acontecendo. Era seu filho que estava sendo carregado, seu único filho. E se alguém sabe a dor de perder seu único filho, Deus sabe... [Lucas 7:11-17]

II
Seu plano era tirar uma soneca enquanto os rapazes foram até a cidade por comida. E qual o melhor lugar para descansar senão o poço ao meio-dia. Ninguém vai buscar água esse horário. Então ele se sentou, esticou seus braços e reclinou contra a parede do poço. Mas sua soneca foi interrompida. Ele abriu um olho apenas o suficiente pra vê-la caminhando pela trilha com um pesado jarro em seus ombros. Atrás dela vinha uma dúzia de crianças, cada um parecendo com um pai diferente... [João 4:1-42]

III
Quando ela chegou até Jesus, ela não tinha mais nada. Os médicos tomaram seu último centavo. O diagnóstico roubou sua última esperança. E a hemorragia roubou sua última gota de energia. Ela não tinha mais dinheiro, não mais amigos, nem mais opções. Com o fim de sua corda em uma mão e uma asa e uma oração em seu coração, ela empurrou seu caminho pela multidão... [Lucas 8:43-47]

Três mulheres. Uma enlutada. Uma rejeitada. Uma morrendo. Todas sozinhas.

Sozinhas no inverno da vida.

Apesar de não sabermos como elas se pareciam, seria justo assumir que elas passaram pelo pico de sua conveniência. As únicas cabeças que se voltaram enquanto elas desciam a rua eram cabeças balançando com pena. Uma das três era uma viúva sem filhos; outra perdeu sua inocência seis quartos atrás; e a terceira estava ferida, desesperada, e morrendo.

Se Jesus as tivesse ignorado, alguém teria percebido? Em uma cultura onde as mulheres estavam apenas um grau ou dois dos animais de fazenda ninguém teria pensado menos por ele ter passado silenciosamente pelo funeral ou fechado seus olhos e reclinado sobre o poço ou ignorado o puxão em seu manto. Afinal de contas, elas eram apenas mulheres!

Desgastadas,
Enrugadas,
Mulheres cansadas.
Mulheres de inverno.

Deixe-as em paz, Jesus, um poderia ter dito. Encontre alguém com um pouco de primavera sobre eles.

Pelos padrões do mundo àquelas três não seria dado nada em retorno. Elas serviram ao seu propósito: tiveram suas crianças, alimentaram suas famílias, satisfizeram seus homens. Agora era a hora de empurrá-las para o frio lá fora até que elas morressem, abrindo espaço para os jovens e imaculados. 

Foi onde Jesus as encontrou. Tremendo na neve gelada da inutilidade.

O rude inverno da vida.

Soa familiar? Claro que sim. Nós temos nossas próprias pessoas de inverno. Pessoas que por falta de boa aparência ou poder suficiente vagam como porcos-espinhos em um piquenique, indesejados e intratáveis.

Difícil de acreditar?

Visite uma escola de ensino média qualquer hora e olhe os adolescentes já sentindo os frios ventos da rejeição.

Ou tente Miami Beach.Eu não me refiro à parte norte onde os turistas pagam $150 por dia para ficarem bronzeados. Eu falo da parte sul, uma cidade intencionalmente construída para os exaustos. Assista elas se misturarem às calçadas. Eles vieram para a sua terra de enterro. Eles enchem suas noites com sonhos da neta que pode vir no próximo Natal. E apesar da Costa de Ouro ser quente, em suas almas sopra ventos de inverno.

Ou considerem os não-nascidos. A cada 20 segundos um é retirado do calor do útero e lançado no frio lago do egoísmo.

Os parágrafos poderiam continuar mais e mais. Parágrafos sobre tetraplégicos, vítimas da Aids, ou doentes terminais. Pais solteiros. Alcoólatras. Divorciados. Cegos. Todos são párias sociais. Leprosos, mutações. Todos, em um grau ou outro, são evitados pelo “mundo normal”.

A sociedade não sabe o que fazer com eles. E, tristemente, mesmo a Igreja não sabe o que fazer com eles. Eles frequentemente encontrariam uma recepção mais calorosa no bar da esquina do que em uma sala de Escola Dominical.

Mas Jesus encontraria um lugar para eles. Ele encontraria um lugar para eles porque Ele se importa. E ele se importa incondicionalmente. 

Não, ninguém teria recriminado Jesus por ignorar aquelas três mulheres. Ter virado a cabeça teria sido bem mais fácil, menos controverso, e nem perto de um risco. Mas Deus, que as criou, não poderia fazer aquilo. E nós, que O seguimos, também não podemos. 
[Do recém-lançado "God Came Near" - Deus Chegou Perto, edição de luxo]


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Obrigada, Espírito Santo, pela força extra e por ter falado tanto ao meu coração por meio desse texto. Não fosse este um meio eletrônico, estaria borrado por tantas lágrimas, o Senhor sabe.

E como esse blog pode ser acessado em qualquer lugar do mundo, senti no meu coração agora de incluir o texto em inglês também... 
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Women of Winter
by Max Lucado
I
THE MOURNERS DIDN’T CAUSE HIM TO STOP. Nor did the large crowd, or even the body of the dead man on the stretcher. It was the woman—the look on her face and the redness in her eyes. He knew immediately what was happening. It was her son who was being carried out, her only son. And if anyone knows the pain that comes from losing your only son, God does…. (Luke 7:11-17)
II
His plan was to catch a few winks while the boys went to town for food. And what better place to rest than a well at noon. No one comes for water at this hour. So he sat down, stretched his arms, and leaned against the wall of the well. But his nap was soon interrupted. He opened one eye just wide enough to see her trudging up the trail with a heavy jar on her shoulder. Behind her came half a dozen kids, each one looking like a different daddy… (John 4:1-42)
III
By the time she got to Jesus, she had nothing left. The doctors had taken her last dime. The diagnosis had stolen her last hope. And the hemorrhage had robbed her of her last drop of energy. She had no more money, no more friends, and no more options. With the end of her rope in one hand and a wing and a prayer in her heart, she shoved her way through the crowd….Luke 8:43-47)
Three women. One bereaved. One rejected. One dying. All alone.
Alone in the winter of life.
Though we don’t know what they looked like, it would be fair to assume they had passed the peak of their desirability. The only heads that turned as they walked down the street were heads shaking with pity. One of the three was widowed and childless; another had lost her innocence six bedrooms back; and the third was broke, desperate, and dying.
Had Jesus ignored them, who would have noticed? In a culture where women were only a grade or two above farm animals no one would’ve thought any less had he walked silently past the funeral or closed his eyes and leaned back against the well or ignored the tug on his robe. After all, they were only women!
Worn,
wrinkled,
weary women.
Winter women.
Let them alone, Jesus, one could reason. Find someone with a bit of springtime about them.
By the world’s standards these three could give nothing in return. They’d served their purpose: borne their children, fed their families, pleased their men. Now it was time to push them out into the cold until they died, making room for the young and spotless.
That’s where Jesus found them. Shivering in the icy sleet of uselessness.
The raw winter of life.
Sound familiar? Sure it does. We have our own people of winter. People who for the lack of good looks or sufficient earning power wander around like porcupines at a picnic, unwanted and unapproachable.
Hard to believe?
Visit a high school sometime and look for the teenagers already feeling the chilly winds of rejection.
Or try Miami Beach. I don’t mean the north beach where tourists pay $150 a day to get sunburned. I mean the south beach, a city deliberately built for the exhausted. Watch them shuffle aged feet down the sidewalk. They have come to their burial ground. They fill their nights with dreams of the granddaughter who might come next Christmas. And though the Gold Coast is warm, in their souls blow the winds of winter.
Or consider the unborn. Every twenty seconds one is taken from the warmth of the womb and cast into the cold lake of selfishness..
The paragraphs could go on and on. Paragraphs about quadriplegics, AIDS victims, or the terminally ill. Single parents. Alcoholics. Divorcées. The blind. All are social outcasts. Lepers, mutations. All, to one degree or another, shunned by the “normal world.”
Society doesn’t know what to do with them. And, sadly, even the Church doesn’t know what to do with them. They often would find a warmer reception at the corner bar than in a Sunday school class.
But Jesus would find a place for them. He would find a place for them because he cares. And he cares unconditionally.
No, no one would have blamed Jesus for ignoring the three women. To have turned his head would have been much easier, less controversial, and not nearly as risky. But God, who made them, couldn’t do that. And we, who follow him, can’t either. [From the newly released God Came Near: Deluxe Edition /Copyright (Thomas Nelson, 1987) Max Lucado]

domingo, 12 de setembro de 2010

Can you feel it? ;]


Hoje pela manhã, a caminho da igreja, pude perceber que uma vasta mata pela qual passamos no caminho já não é mais a mesma. Os tons de verdes das árvores já são mais variados e começam a ganhar vida. Mas não bastasse isso, várias outras cores podiam ser notadas naquele mundo de folhas! Roxo, vermelho, amarelo, laranja... e todas as árvores do canteiro que separa as duas pistas estavam carregadas de flores rosas claras! Que imagem mais bela! E pra confirmar o que já estava evidente, uma plantinha das folhas roxas aqui no jardim de casa apresentava um galhinho com suas delicadas florzinhas...

Não é segredo que o outono é minha estação favorita, mas a primavera ocupa o segundo lugar. Acho que gosto dos equinócios... sou uma pessoa equilibrada! hehe 

Talvez depois de meses na companhia do inverno [mesmo que não tenha sido rigoroso até para os nossos padrões, o tempo seco influencia definitivamente a paisagem] nossos sentidos anseiem pela novidade da primavera. Vida nova expressa em cores e aromas.

E pensando nessa estação que já se anuncia, vou compartilhar uma música do trabalho solo do Jon Foreman. Ele é tão legal que, em seu trabalho solo, fez 5 álbuns EP, sendo cada um dos quatro primeiros inspirado em uma estação. Sério. Fall, Winter, Spring e Summer. E pra completar ele fez um que reúne as favoritas de cada, chamado Limbs and Branches [Membros e Ramos]. Como não gosto de dar a informação pela metade, deem uma olhada na capa dos EPs inspirados nas quatro estações.

Bom, claro que a música que vou compartilhar é do álbum da primavera né... É uma canção romântica dele... bem bonita, viu... E bem "orgânica", melodicamente falando [se é que me entendem... rs]. Vou compartilhar ela porque a mais bela de todos os EPs entrou no post do meu último aniversário, a Your Love is Strong! E sim, ao contrário do que essa cabeçuda já escreveu aqui, meu aniversário é nessa estação cheia de vida e de cor e de aromas e de sabores!


In My Arms
Em Meus Braços
Here,
Aqui,
My Dear,
Minha querida,
This is where
É aonde
We'll shake the nightmare free
Nós nos livraremos do pesadelo

I dream
Eu sonho
To hold you in my arms
Em te segurar em meus braços
Wide awake
Bem acordada
In my arms...
Em meus braços...

I think I figured it out
Eu acho que percebi isso
We need to be together
Nós precisamos estar juntos
Like the shore and the sea
Como o litoral e o mar
We are not one thing
Nós não somos uma coisa
We're drawn here together
Nós estamos desenhados aqui juntos
My ocean and me...
Meu oceano e eu...

Love,
Amor,
We sleep apart
Nós dormimos separados
For the last time
Pela última vez
For the last time...
Pela última vez...


I dream
Eu sonho
To hold you in my arms
Em te segurar em meus braços
Wide awake
Bem acordada
In my arms...
Em meus braços...