sábado, 10 de agosto de 2013

What I really think...


Sabe o que eu acho de verdade?

Eu acho que, quando Ele nos unir, vamos ficar surpresos constantemente. Vamos nos surpreender em cada detalhe que percebermos como combinamos perfeitamente. Vamos nos surpreender ao perceber que desejos que nem chegamos a expressar em oração, e que já estavam esquecidos há tanto tempo, foram atendidos em nossa história. Vamos nos surpreender ao observar que até mesmo nossos defeitos concorrem para o nosso bem. Não, não será uma união perfeita, não tenho essa ilusão. Mas será uma união segundo o coração dEle. E será uma união na qual as duas partes estão em processo de aperfeiçoamento. Eu não apenas acho isso. Eu creio nisso. Eu tenho essa certeza aqui dentro ainda que eu não veja absolutamente nada que a reforce ou incentive. Eu apenas creio, e sei em quem tenho crido.


E sabe por que estou escrevendo isso?

Para me lembrar naqueles dias em que a esperança é artigo de luxo, e a falta dela tenta ofuscar a nossa fé. A minha, no caso. Em trinta anos de vida e muitos já de espera, sei que estes dias existem - e parecem se tornar ainda mais comuns com o passar do tempo -, e que não são nada fáceis. Mas sei que eles passam. Essa é outra certeza, ainda que baseada na experiência e observação. São como dias nublados. Sabemos que o sol continua brilhando por trás das nuvens que o encobrem e que, uma hora ou outra, essas nuvens irão desaparecer.

E enquanto você não chega, continuo cantando o Amor que me sustenta e guia, e sem o qual não posso viver.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Papo de mulher de Deus. [parte 3]




Vamos começar essa terceira parte ressaltando que, quando falei da admiração mútua que logo passou a existir entre Rute e Boaz, não quer dizer que um não tenha atraído o outro também. Uma coisa é fato, o olhar de Boaz foi atraído quase que imediatamente para Rute. Mas antes que a atração [que, se não me engano – até o final do estudo me lembrarei – não foi tratada no livro] fosse algo com papel relevante na relação, existiu o respeito. Boas era um homem honrado, sério, e Rute também sabia o seu lugar, não se sentia digna nem mesmo da atenção que estava recebendo, quanto mais iria se manifestar com relação a outras intenções. Dito isso, continuemos a acompanhar o desenlace desse “romance à maneira de Deus” [título de um livro que marcou minha adolescência, uma experiência muito pessoal de um casal, mas que acalmou bastante o coração de uma menina até então ansiosa e romântica demais...rs].

“Ah, então Rute encontrou o Boaz e sua vida mudou de uma hora pra outra???”. Não! No capítulo 2 ainda lemos que ela continuou a catar espigas entre as servas de Boaz até que se encerrasse a temporada da colheita. Continuou trabalhando pesado, mas garantindo a sobrevivência dela e da sua sogra diante da generosidade de Boaz. 

Passado esse tempo, a boa Noemi diz pra sua ex-nora-praticamente-filha, que é responsabilidade dela encontrar um lar seguro onde Rute possa ser feliz. Vamos observar um ponto importante aqui: apesar de ser Rute quem garantia o sustento da casa, Noemi era autoridade sobre a vida dela. É muito importante ter alguém para andar com a gente e ouvir quando sentimos as famosas “borboletas no estômago”, ou frio na barriga. Alguém que não está envolvido e vai poder dar uma opinião mais sensata do que nosso coração às vezes grita. 

Foi só depois que a colheita acabou que Noemi falou com Rute sobre a possibilidade de Boaz ser o chefe dessa família feliz de Rute. Ela já tinha ouvido a jovem amiga falar e falar da bondade do homem, como ele falou ‘pessoalmente’ e etc, mas esperou o momento certo para aconselhá-la. Noemi não mandou Rute deixar a colheita e conquistar o dono da terra, mas, uma vez que a colheita acabou e a proximidade entre os dois também acabaria, a experiente Noemi abriu os olhos de Rute e a permitiu pensar nisso. E o que ela disse? Vamos com a versão A Mensagem [Rute 3.3]: “Por isso, tome um banho e use perfume. Arrume-se e desça para a eira.” Admite aí, quem já tinha se tocado pra essa dica de conquista em plena Bíblia Sagrada!!! E não é uma prostituta aconselhando uma periguete, é uma senhora honrada e temente a Deus! 

A colheita tinha acabado, mas para Boaz e seus homens o trabalho continuava, pois era hora de debulhar o cereal. Noemi diz para Rute se arrumar, ir até o local onde os homens trabalhavam até tarde, mas não deixar que seu pretendido a visse. Ela deveria observar onde ele se deitaria lá para se deitar aos seus pés. Vocês podem ler 300 traduções, mas estejam certas de que não há nenhuma conotação sexual no que Noemi a manda fazer.

Acontece que havia um laço de parentesco entre o falecido marido de Noemi, Elimeleque, e Boaz, e, de acordo com lei judaica, uma viúva deveria tornar-se esposa do parente mais próximo a fim de gerar um herdeiro que pudesse herdar as posses do pai já falecido e preservaria seu nome. 

Como Noemi nem Rute queriam constranger Boaz a cumprir essa lei que ele poderia recusar, se quisesse, a aproximação desta última deveria acontecer quando todos já estivessem dormindo. Na versão Revista e Atualizada ela diz a seu possível “resgatador”: “Estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador”. Antes de chegar até aí, Rute ouviu todos os conselhos de sua sogra e prometeu obedecer cada palavra, em uma atitude de profunda humildade, como ela demonstrou em todo o relato de sua história. 

Em um comentário bíblico afirmam que esta frase de Rute “funcionava como uma metáfora do amor que oferece abrigo e segurança; um pedido típico de casamento”! Rute pediu Boaz em casamento??? Com humildade, mas pediu! Hehe “Oh, Rute, sua herege, desvirtuando a palavra de Deus”... oops, mas isso tá na Palavra de Deus, né? E Rute foi uma mulher que Deus escolheu honrar por seu coração incrível... É... Acho que, então, não dá pra falar “tem que ser assim e pronto”, concordam? 

Não vamos usar nenhum pretexto, nem nada do que eu falei pra tomar as decisões mais erradas e precipitadas possíveis, mas pra mim o livro de Rute mostra uma posição mais direta de uma mulher que abraçou a fé no Deus Vivo, orientada por outra mulher madura na fé... Creio que Deus guia os nossos passos segundo sua boa, agradável e perfeita vontade. É importante que não deixemos a ansiedade e nossa própria vontade “maquiar” e contaminar a vontade dEle – por isso é importante andar com alguém maduro na fé! -, mas eu acredito que Ele é criativo demais pra escrever as histórias de amor sempre do mesmo jeitinho...

Quando eu souber da minha, eu faço questão de voltar a falar nisso... Mas por ora vamos dar um intervalo. Voltamos na próxima [provável última] parte deste estudo pra refletirmos juntas nas atitudes deste homem que atraiu o olhar, admiração e respeito de Rute: Boaz.

Para embalar alguns sonhos aí, deixo essa música linda demais... ; )
"Don't know where your coming from, but your coming soon..." 


Leia aqui a parte 1.

Leia aqui a parte 2.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Papo de mulher de Deus. [parte 2]




O livro de Rute se inicia contando a história de uma família que se mudou para Moabe, para fugir de uma fome que assolava a terra. Passado algum tempo, o chefe dessa família morreu, deixando a esposa e dois filhos. Estes se casaram com mulheres moabitas, Orfa e Rute, mas passados 10 anos, também morreram. A mãe, Noemi, soube que a situação estava melhorando em sua terra natal, Belém de Judá, e resolveu buscar sua sobrevivência lá. Ela desobrigou suas noras de seu compromisso para com ela, e disse que poderiam voltar para a casa dos pais, onde poderiam encontrar um novo marido.

Percebemos que Orfa obedece à sogra com o coração partido, mas Rute se recusa a deixá-la. Como uma filha adotiva, ela decide cuidar de Noemi e acompanhá-la até sua terra, uma nova terra, e seguir a seu Deus, ao invés dos vários deuses de Moabe. Mais do que isso, ao acompanhar a sogra, já em idade avançada, Rute não apenas deveria obter o próprio sustento, mas também o da sogra.

O que me deixa mais entusiasmada ao ler o livro de Rute é ver como uma história de pessoas comuns se torna parte fundamental de uma história maior, a história de redenção. E ver Deus desenhando através de relacionamentos de amizade, parentesco e amor romântico, esse capítulo importante da história. Neste livro vemos Deus operando para que o encontro entre as duas partes ocorra, além de ver o papel dos dois para que o relacionamento se desenrole.

No capítulo dois, Rute começa a recolher as espigas que os ceifeiros deixam para trás na plantação. Este costume era parte da Lei de Moisés, que tinha como objetivo proteger estrangeiros, órfãos e viúvas: o alimento que caísse no chão durante a colheita não deveria ser recolhido, deveria ser deixado para que estas pessoas o colhessem e conseguissem sua sobrevivência. Aí começa a parte de Deus, que fez com que Rute, “sem perceber”, adentrasse a plantação de Boaz, um homem conhecido e rico, da família do falecido marido de Noemi. A palavra fala, no versículo 04, que “naquele momento” Boaz chega a sua plantação e, após cumprimentar seu pessoal, pergunta sobre Rute. Os trabalhadores têm boas coisas para falar de Rute, mesmo no pouco tempo em que a observaram, dizem que ela estava lá trabalhando desde cedo, quase sem descanso.

Será que essa poderia ser uma descrição minha ou sua? Rute não estava nos campos procurando um marido, muito pelo contrário, por ser uma mulher e estar sozinha em lugares que poderiam ser inóspitos, ela corria o risco de se tornar presa fácil. Ela estava preocupada em fazer o que tinha que fazer. O que temos que fazer hoje? O que Deus nos chama a fazer?

Boaz tinha um grande coração, era um homem muito generoso. Esta é uma qualidade muito importante a se observar no “carinha” que nos interessar. Sei que este não é o assunto desse post, mas... rs Mas então, por essa razão ele decide abençoar Rute. Chama ela pra uma conversa e diz pra ela não colher em nenhum outro campo senão o dele. Lá ela poderia andar com as servas dele e não sofreria nenhum perigo. Também poderia beber da água deles quando quisesse.

Esse capítulo dois me coloca um sorriso nos lábios, porque é muito gracinha, mas ele também nos alerta para a importância de vivermos uma vida que fale por nós. Não porque nosso Boaz pode estar nos observando, mas porque representamos Cristo onde quer que estivermos.  Ao perguntar a Boaz o motivo de tamanha bondade, o que ele responde? No versículo 11, ele diz “Foi-me contado tudo o que fizeste...”. Alô varoa, se contarem pro seu futuro esposo tudo o que você fez e faz, ele vai tratar você com mais bondade do que merece??? Será que temos tratado ao menos nossas mães com a metade do cuidado com que Rute tratava aquela que foi sua sogra por cerca de 10 anos?

A generosidade de Boaz para com a estrangeira Rute não parou por aí. Ele a chamou para almoçar com ele e seus trabalhadores, deu a ela comida com fartura (o que sobrou ela levou para sua sogra), e ainda ordenou a seus ceifeiros que deixassem cair mais espigas no chão do que o normal, para que ela recolhesse bastante.

E vale lembrar que Boaz não estava agradando Rute para conquistá-la. Ele era um homem trabalhador (outra qualidade importantíssima a ser observada!) e sabia a importância disso, por isso decidiu honrar o sacrifício daquela jovem que havia adentrado suas terras. Além, é claro, de ser um homem bom e generoso.

Rute tomou uma decisão, a de seguir o Deus Altíssimo e abrir mão de sua conveniência e conforto por amor a sua sogra. Deus “armou” o encontro e Boaz não teve medo de usar de bondade para com a estrangeira que ele mal conhecia, mas de quem ouviu boas coisas a respeito. Até então, cada um está cuidando da sua vida, mas passa a existir uma admiração mútua. Isso também deve existir entre nós e nossos pretendentes. É preciso que haja qualidades para se admirar que vão muito além do que é aparente.

Leia aqui a parte 1.

Leia aqui a parte 3.

Papo de mulher de Deus. [parte 1]



Vi algumas coisas interessantes na internet nestes últimos dias sobre relacionamento. Coisas como o comportamento que moças e rapazes devem ter quando interessados em alguém, como escolher a pessoa certa e etc. Passos que devem ser dados antes de se iniciar um relacionamento.

Engraçado que hoje pela manhã, quando assistia ao último conteúdo a respeito, pensei “que coisa boa é ver que a maior parte do que foi falado, eu já penso”, mas antes que meu ego pudesse se inflar, o Espírito Santo me lembrou que, então, preciso me preparar mais ativamente para esta próxima fase. Tipo, preciso melhorar minhas habilidades na cozinha e no cuidado da casa para me tornar uma esposa.

Feito esse parêntesis, quero compartilhar hoje algo que o Espírito falou comigo no início deste ano. Algo que eu queria ter compartilhado, transformado em um estudo (ainda não sei se vai ser um) naquela ocasião, mas acho que precisava ser maturado aqui <3.

Não sei como é para vocês, meninas cristãs comprometidas com o Reino, mas em Minas Gerais a coisa não é simples... Os meninos de Deus parecem cada vez com menos atitude e mais melindres. A ponto de “atitude” passar a ser uma das qualidades que incluímos em nossas orações ao falar sobre aquele que desejamos que nos acompanhe na vida e no Reino. Talvez isso não aconteça para aquelas que nasceram estonteantes, mas para as demais, geralmente é... Posso falar porque tenho muitas amigas comprometidas com o Reino e a experiência não costuma ser muito diferente – pelo menos quando falamos dos meninos cristãos de Minas.

Mas diante das tantas dúvidas e anseios que já nos incomodam normalmente, como saber qual papel podemos desempenhar diante de um possível pretendente? É claro que algumas direções será o Espírito Santo que vai trazer ao coração de cada uma, como a abstinência de beijo para quem é adepta da corte ou a abstinência durante um tempo específico de relacionamento (que é o meu caso), entre outras coisas, mas de maneira geral... o que podemos fazer? Orar e permanecer em uma vitrine esperando que algum dia alguém nos escolha não soa nada agradável... A parte da vitrine é só um exagero meu, afinal, quem espera que uma menina/mulher comprometida com o Reino fique em uma vitrine??? Nosso coração e nossas mãos devem estar na obra!

Mas pensando sobre essa pergunta, encontrei o exemplo de Rute na Bíblia. Já tinha lido este livro algumas vezes, mas como uma tradução contemporânea pode ajudar a visualizar melhor algumas cenas, né?!

Rute foi uma mulher e tanto! Ela preferiu ser leal à sua sogra Noemi do que voltar para seu povo e lá encontrar um novo marido para lhe dar segurança [seu primeiro marido, filho de Noemi, havia falecido]. Com essa atitude, ela abraçou a fé de sua sogra no Deus de Israel e seguiu para uma terra que ainda não conhecia. Também admiro demais sua coragem e iniciativa, ela não se preocupava em sujar suas mãos com trabalho pesado! E o que aconteceu? Deus enxergou todas estas qualidades em Rute, seu grande coração, e ela acabou fazendo parte da genealogia de Jesus, uma vez que foi bisavó de Davi (Mateus 1.5).

Rute foi uma mulher aprovada e honrada por Deus, por isso, podemos aprender muito com a experiência dela. E o Espírito Santo vai mostrar a todas que desejarem Sua opinião o que pode ser apreendido por cada uma de nós. Ainda não sei se isso vai ser um estudo ou apenas uma reflexão em duas partes, mas vou continuar somente no próximo post (me recuso a aportuguesar, desculpem, mas poste é coisa de companhia elétrica!).

Quem se identificar um pouco que seja com a mulher que Rute foi, volte aqui depois! : ) E corre e lê esse livro curtinho e abençoado no Antigo Testamento também!

Leia aqui a parte 2.

Leia aqui a parte 3.