quarta-feira, 29 de julho de 2009

"Fiel é o que vos chama, o qual também o fará"

No começo do ano, com muita dúvida e luta, consegui estar num retiro de carnaval - benção que já me aconteceria pelo décimo ano consecutivo. Antes disso, Deus colocou no meu coração o desejo de participar do Projeto Missionário Passa à Macedônia, da Igreja Metodista, caso um outro plano pra Ele não se concretizasse. Entenda que, quando trabalhamos como profissionais, nem sempre é fácil [ou simples] conseguir as datas certas para estar nas programações que, em épocas de juvenil ou início de faculdade seriam bem mais tranquilas.

O plano que tinha em mente se mostrou não ser o mesmo de Deus [ao menos no momento]. A partir daí, meus esforços se focaram em manter algumas condições na minha rotina que me permitiriam tirar uma semana de julho para atuar exclusivamente na obra do Senhor. Não foi fácil, tive que segurar alguns pedidos de oração.

Mas o Passa veio, se foi e voltará no ano que vem com a graça do Papai - espero, também pela graça d'Ele, estar lá mais uma vez!

Que momento não foi esse? Que semana não foi essa? Que prazer e alegria é trabalhar na obra do Senhor!

Vivemos tantos desafios, fomos bombardeados pelo Inimigo tantas vezes, mas a vitória veio daqu'Ele que é maior em nós! Glórias e honra ao nome d'Ele!

Nossa chegada a São João del Rei ocorreu no sábado [18], próximo da hora do almoço. De lá pra cá, foram tantos bons momentos. Tanta gente abençoada, talentosa e dedicada que eu conheci. Cultos e louvores maravilhosos. Muito trabalho. Em uma semana aconteceu muita coisa, mas hoje parece pouco. Se o projeto durasse um mês, talvez ainda fosse pouco. Nem falta d'água no alojamento, ônibus lotados, comida que não é da "mãe", colchão inflável e instável, trazem qualquer má recordação. Muito pelo contrário, só valorizam ainda mais as vitórias e conquistas!

É difícil destacar algo, mas tem dois lugares que me marcaram. Neste post, vou me ater somente a um deles. Na quarta pela manhã, fui, em um grupo de cerca de 20 pessoas, para o culto no Presídio Regional. Lá eu tinha como missão, além de ser Corpo e Igreja de Cristo, fazer algumas entrevistas para o DVD do Projeto.

Foi uma experiência, nova, diferente, tensa, mas gratificante. Não era nada cômodo passar próxima das grades superiores do pátio, onde um mundo de homens falava coisas que não me esforçava pra compreender. Mesmo porque só quando o culto já ia começar mesmo que liberaram pro restante das meninas entrarem. Até então, éramos somente eu e mais duas - sendo uma delas nossa camerawoman.

Pouco a pouco, 115 presos foram entrando no pátio e tomaram seus lugares. Todos com discrição, timidez, alguns carregando Bíblias. "Quem vê cara, não vê coração", mas a grande maioria tinha vergonha de se encontrar na condição em que estava. Homens sofridos, que estão pagando as consequencias por seus pecados.

Pude entrevistar um deles. Um rapaz de apenas 25 anos com 27 delitos, já tendo cumprido uma pena de quatro anos. Ele me falou sobre a importância da educação, que ele mesmo não teve e que, em parte, o ajudou a procurar maus caminhos. Mas em sua fala, hoje uma nova criatura, o português é muito bom, as conjunções são empregadas corretamente, a mensagem tem uma organização e um sentido. O Espírito Santo de Deus transforma!

Este jovem, que já liderou rebeliões na cadeia, agora fica na ala dos presos em regime semi-aberto - ainda que o dele continue fechado -, aguarda revisão da pena, trabalha como faxineiro e, por bom comportamento, pode usar sapatos. "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade".
O Daniel conheceu essa fidelidade.

Não somente ele. Durante o culto, um dos detentos foi até a frente cantar "Noites Traiçoeiras". Foi com sentimento que o homem, condenado por matar um taxista a pedradas, cantou:

"E ainda se vier, noites traiçoeiras
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo
O mundo pode até Fazer você chorar
Mas Deus te quer sorrindo"

Uma experiência para nunca mais esquecer. Que Deus abençoe e fortaleça a fé destes homens que foram libertos pela Verdade, Jesus Cristo!

Para saber mais sobre os dias abençoados que vivemos durante o Projeto, acesse
www.passamacedonia.wordpress.com.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Notícia que parece coisa de cinema...


Estava lendo a newsletter da BBC Brasil e encontrei essa notícia que parece mais coisa de cinema! Tinha que compartilhar, né? Cara... 10 anos separados por causa de "desatenção"? É inacreditável, mas Deus sabe de todas as coisas, né?!

Besos!

Casal se reencontra por causa de carta de amor perdida por dez anos

Um casal que se reencontrou por causa de uma carta de amor que ficou dez anos perdida finalmente se casou na última sexta-feira, na Grã-Bretanha.
Steve Smith, de 42 anos, e a espanhola Carmen Ruiz-Perez, também de 42, se conheceram e se apaixonaram há 17 anos, quando ela passava uma temporada estudando inglês no condado de Devon.
Eles chegaram a ficar noivos após um ano de namoro, mas acabaram rompendo o romance quando ela se mudou para Paris por causa de um emprego.
Anos depois, Smith conseguiu o endereço da mãe de Carmen, na Espanha, e enviou para lá uma longa carta pedindo para reatarem.
Mas a carta, que havia sido colocada fechada sobre uma bancada, acabou escorregando e ficando perdida atrás de uma lareira, de onde só foi recuperada recentemente, durante uma reforma.
'Filme'
Ao finalmente receber a carta, Carmen telefonou para Smith e, dois dias depois, os dois se reencontraram em Paris.
"Parecia uma cena de filme. Corremos um em direção ao outro e nos abraçamos no meio do aeroporto. Trinta segundos depois já estávamos nos beijando", contou Smith ao jornal britânico The Times.
Já Carmen admite que quase desistiu de telefonar para o ex-namorado, tamanho o seu nervosismo ao receber a carta.
"Eu pegava o telefone e desligava, várias vezes. Mas eu sabia que tinha que ligar em algum momento", disse.
Os dois haviam permanecido solteiros todos estes anos.
"Finalmente estou me casando com o homem que eu sempre amei", afirmou ela.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Coffee, sweet coffee...

O texto que vou postar hoje é sobre um prazer e uma necessidade na vida de muitos: o café!
De fato, eu o escrevi e postei no dia 26 de maio do ano passado, num blog privado que tenho com umas amigas cristãs muito queridas.
Mas acho muito válido para este espaço também... e aviso, muitos outros relatos que postei lá serão compartilhados por aqui...!

"Smellin coffee"...

Umas semanas atrás, não sei porque cargas d'água, um amigo me perguntou se sentir o cheiro de café me fazia me sentir "segura, protegida", se me dava essa sensação. Foi aquela pergunta esperando uma concordância para reforçar a própria percepção [ele diz que não foi bem assim]. Claro, como pessoa franca que sou, respondi: "Não, nunca me deu essa impressão, mas agora não posso te falar o que seja". Não podia porque eu sentia que era algo muito maior do que isso, mas não estava ao alcance do meu entendimento naquele momento.

Passados muitos dias dessa conversa, estava voltando pra casa mais tarde do que o de costume, claro, por causa de trabalho. Uns poucos metros depois de ter entrado no meu ônibus e finalmente me sentir a caminho de casa, ele parou no sinal. Então no meio daquele cenário totalmente infértil, senti um forte aroma de café no ar. Infértil porque de um lado só havia um muro com torres e linhas elétricas em seu interior e do outro uma igreja católica escondida em um jardim grande demais pra permitir a viagem desse aroma maravilhoso.
Então, na noite do centro de Belo Horizonte, dentro de um coletivo, eu senti o doce perfume da nostalgia no ar, porque o aroma do café me transportou à minha infância, adolescência, até mesmo à cozinha da primeira casa onde vivi - por apenas dois anos, ou seja, não é uma vivência tão presente ou marcante na minha memória. Era como se eu revivesse naqueles poucos instantes muitas manhãs da minha vida. E como se eu quisesse que a próxima manhã chegasse logo pra que eu pudesse sentir aquela mesma sensação outra vez.

Não bastasse um sabor tão estimulante e delicioso, café tem gosto de "casa", de "família" e talvez por isso seja de praxe oferecê-lo pra quem nos visita - porque queremos fazê-los se sentir realmente à vontade. Então é isso o que o café, bebida pela qual sou mais que apaixonada, fala ao meu coração: a alegria de cada manhã desfrutada e o desejo de viver muitas outras mais, com o gostinho dessa bebida tão simples e tão comum na boca e esse aroma tão perfeito pela casa... na paz e serenidade das manhãs já longínquas.


"Im smellin coffee

[Estou sentindo o cheiro de café
Birds are singin just outside

[Pássaros estão cantando logo ali fora
Here comes Your Mercy streamin in with the morning light

[Aqui vem Sua Misericórdia nascendo com a luz da manhã
My heart is racing waking up to Your smile

[Meu coração desperta correndo para Teu sorriso
Its a good morning, yeah
[É uma boa manhã, sim
Its a good morning"É uma boa manhã


[Smellin' Coffee, Chris Rice - esse sabe falar com poesia das pequenas coisas da vida]




ps: e é claro que a minha banda mais do que favorita no mundo todo tinha que ter feito uma música sobre café também, né? Pra quem não conhece, é só pedir: Coffee Song! hehe

domingo, 5 de julho de 2009

Cara, domingo não é dia de ficar em casa!

É domingo. À noite. E por uma questão de bom-senso, achei melhor ficar em casa e não ir ao culto a fim de não sobrecarregar minha família. Estava na programação da mocidade ontem à noite. Estive na Escola Dominical hoje de manhã, mas a ausência ao culto realmente me incomoda. Sempre incomodou. Graças a Deus!
 

Não ir à igreja à noite é perder metade do significado do domingo... Não sei explicar... o tempo voa e parece que a segunda chega mais rápido, não sei... Mas não é só no domingo à noite que perdemos ao não irmos à casa do Pai.

No ano passado, em umas duas ou três ocasiões, cai na bobeira de continuar dormindo ao invés de ir na Escola Dominical. Não foi à toa, as últimas semanas haviam sido sem trégua, madrugando todo dia e vi no domingo minha única chance de repor um pouco do sono atrasado. Pra nunca mais. Porque o sono que se seguiu não trouxe o descanso que eu precisava, muito pelo contrário, acordei meio doída, ou sem sono, ou o tempo passou rápido-rápido...

A Escola Dominical é como um dia que temos mais
tempo pra sentar e tomar café com Deus, nosso Pai!


Já observaram como as manhãs de domingo costumam ser tão belas...? Ensolaradas, alegres, cheias de vida! É um tempo realmente especial no calendário do nosso Pai!

Bom, cada um sabe de si, mas eu, graças a Deus, tenho prazer na presença e na casa do meu Pai. Daqu'Ele que é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz...

 
Que este prazer só cresça nas nossas vidas!