segunda-feira, 7 de março de 2011

Algumas palavras em mente...

Como cristãos, que estão no mundo, mas não são do mundo, somos constantemente bombardeados com dúvidas e situações que exigem de nós uma resposta. Creio que duas palavras são vitais nisso: equilíbrio e discernimento. Muitas coisas nos são oferecidas, são de nós cobradas, mas devemos buscar em Deus o norte para nossas ações e comportamento.

A leitura do livro A Revolução do Amor, da Joyce Meyer, ampliou essa questão que há tempos tem ocupado alguns de meus pensamentos. Há muitas divisões dentro da própria igreja de Cristo e, muitas vezes, como ela mesma ressalta no livro, parece que o deixamos de ser há muito tempo. Porque se não estamos fazendo diferença no mundo, não podemos ser considerados a Igreja d'Ele. 

Muitos de nós vivem apenas para fazer suas escolhas na vida: profissão, casamento, gostos pessoais, e por aí vai. E nessa vidinha medíocre, nos esquecemos dos outros, não paramos para dar-lhes atenção ou sequer pensar em como atingi-los. 

Outro dia estava lanchando com colegas e então um deles falou sobre um amigo de infância gay, o que provocou zuação dele e do outro. Acontece que na mesa ao lado havia um cara que, muito provavelmente, era gay. E diante daquelas brincadeirinhas tão preconceituosas eu me senti mal por ele. E tentava focar o assunto em outras questões que não a sexualidade alheia. É aquela velha questão, você não precisa concordar com o estilo de vida de alguém (eu não concordo com esse "estilo"), mas você precisa respeitá-lo.

Como eu vou demonstrar amor a alguém que não vive os princípios da palavra de Deus tratando-o com ironia, preconceito e infantilidade? Jesus tratou alguém assim quando andou por essa terra? Na-não! Corrijam-me se eu estiver errada, mas nossa missão não é imitá-Lo? Não foi daí que surgiu o termo que nos dá nome? Podem me chamar de evangélica, de crente, de protestante, de metodista, mas o que eu gosto mesmo de ser chamada e me nomear, é cristã. Sou uma cristã. Somos cristãos. E, como a maioria deve saber, os seguidores Jesus receberam esse nome, que significa "pequenos cristos", porque eram vistos dessa forma, como pessoas que imitavam Jesus Cristo. É por isso também que deveríamos ser chamados dessa forma. Não porque um dia fomos batizados, não porque vamos à igreja nos domingos, nem porque tomamos a ceia uma vez por mês, mas porque vivemos tentando imitar o nosso Mestre.

O Dan Haseltine [vocalista do Jars], um tempo atrás, levantou algumas questões no twitter sobre os limites da nossa separação do mundo. Como santos [separados], devemos ficar no nosso canto e ignorar o pecado e os pecadores ou devemos nos misturar, para que o amor de nosso Senhor também chegue até eles?

Interessante que essa palavra equilíbrio também povoa os pensamentos de muitos cristãos ao redor do mundo. Ontem mesmo, também no twitter, o Mike Donehey, vocalista do Tenth Avenue North, compartilhou, brevemente, algumas inquietações. Tinha surgido na rede uma crítica aos artistas cristãos que não falam toda a verdade no evangelho, apenas parte dela. Ele diz que se escrever uma canção dizendo como somente em Cristo há salvação, não irá tocar nas rádios mais populares, mas se escrever uma canção sobre sexo no casamento como está explicíto em Cantares, não irá tocar nas rádios cristãs também. Ele encerra o pensamento com a seguinte afirmação: "Então, como artistas, as escolhas que fazemos em relação àquilo que escrevemos e cantamos terá efeito direto naqueles que nos ouve. Como Salomão, Deus me dê sabedoria". Eis outra palavra-chave pra nós. 

Acredito que não vamos evangelizar ninguém falando que a pessoa tem que morrer, porque não vamos explicar ao certo o que isso pode querer dizer, pelo contrário, só iremos impedi-la de conhecer e compreender a verdade. Precisamos mesmo de sabedoria pra saber como levá-la até à Verdade, o Caminho, a Vida, que é Cristo Jesus. Depois que ela conhecê-Lo, Ele mesmo vai ensiná-la conforme a vontade d'Ele... e pode até nos usar e capacitar para esse processo [de discipulado]. Mas pensando em tudo isso e todas as dúvidas e dificuldades que marcam nossa caminhada seguindo Ele, penso que o melhor mesmo é aprender a falar através dos nossos gestos. A linguagem do amor d'Ele por cada um de nós. Oremos pra que esse amor encha nossos corações de forma tão intensa a ponto de que não precisemos mais nem abrir nossas bocas enquanto não for a hora...



ps: não vai dar pra traduzir agora, nem ver se digitei algo muito estranho, nem abordar algumas outras coisas dentro do assunto, porque meu irmão tá me pressionando pra liberar o note dele... rs =S

Nenhum comentário: