terça-feira, 10 de maio de 2011

Até ser dia perfeito...


"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito".
Provérbios 4.18


Alguém viu que entardecer mais lindo ontem, lá pelas 17 horas? Estava tão laranja, mas tão laranja, que minha vontade era a de deixar passar o ônibus que me leva pro trabalho e ficar lá, admirando mais aquela demonstração da beleza e grandeza de Deus...

Eu não sou abençoada apenas com a música que meus queridos da música cristã produzem, mas também com o testemunho deles, já disse em outra ocasião - inclusive dá pra perceber isso pelo último post aqui. E, semanas atrás, o Mike Donehey, vocalista do Tenth Avenue North respondeu a um tweet sobre quando aceitou Jesus como Senhor e Salvador da seguinte forma: "Meu Salvador aos 5 anos. Meu Senhor aos 18. Meu Tesouro a partir dos 20".

Eu achei isso tão sensacional, porque pra mim, que nasci num lar cristão, também sempre foi difícil expressar isso. Porque olhando pra trás consigo perceber vários estágios nessa caminhada [que continua!] com Ele. Eu também costumo falar sobre conhecer de "ouvir falar" e conhecer de "andar com Ele", né?

E ao me deitar essa madrugada, falando com o Pai em espírito coisas aleatórias e pensando no cuidado d'Ele ao me lembrar daquele pôr-do-sol tão fenomenal de ontem, me lembrei também de uma questão que o Espírito Santo me trouxe à memória um tempo atrás.

Antes de Jesus se tornar meu Tesouro, antes de conhecê-Lo por andar com Ele, eu era um tantinho legalista. E naquela passagem em Mateus 20 sobre o pai de família que saiu para contratar trabalhadores para a sua vinha, eu meio que tomava as dores dos primeiros contratados. Achava meio injusta a ideia de que os últimos fossem os primeiros, sabe? Não era contra a salvação de ninguém, mas o fato de todos receberem o mesmo pagamento, independente do tempo de "serviço" me incomodava na época. Mistura de legalismo com egoísmo com irracionalidade com palpites do diabo, sempre!


Mas a salvação é pela graça, né, não por nosso merecimento. Porque somos todos pecadores, e pecado não tem tamanho, o que difere no tamanho são as consequências dele.

E além disso, um dia, cai na real que, uma vida sem o Salvador, por si só já é uma punição. Porque quando um pecador se arrepende pouco antes de morrer ou mesmo já em idade avançada, ele não vai passar pelas provações que muitos de nós passamos na caminhada, mas ele também não vai poder sentir o prazer de ser aperfeiçoado com essas provações, nem de entregar sua vida, tempo e energia pra que Deus seja glorificado por meio dela. E mais do que isso, por tudo que essa pessoa passou, ela passou sozinha, ou mal-acompanhada. Ela não pôde contar com a presença constante desse Deus tão pessoal.

Mesmo batendo cabeça, a companhia d'Ele sempre foi uma certeza e um alívio - companhia imerecida, diga-se de passagem. Fico imaginando Deus sacudindo a cabeça sem entender como alguém podia complicar tanto as coisas... rs E tentando me fazer ter paciência... Mas essas pessoas sem o Salvador, ou que o conheceram tão tarde na vida, por quantas noites foram dormir sentindo-se completamente sozinhas ou acordaram sem vontade de levantar da cama? Isso falando só o mínimo.

Devemos ter em mente que, enquanto há vida, há esperança, e, sendo assim, todo e qualquer pecador tem a chance de ser redimido, reconciliado e justificado por Jesus Cristo [e esse deve ser o nosso desejo e oração]. Mas precisamos pensar também que todos os demais, aqueles que parecem "menos pecadores" e até satisfeitos, já estão condenados nessa terra [e na futura], impedidos de caminhar a cada dia [mau ou bom] com aquele que deve ser o nosso Salvador, Senhor e Tesouro: Jesus Cristo.


Um comentário:

Sue Valverde disse...

Até quando eu penso que vou escrever pouco... escrevo mto! Ah, mas não sou eu que escrevo msm, então tá bom! rs