domingo, 21 de agosto de 2011

Na luz ou nas trevas? [1]


Ela está profundamente arraigada na nossa sociedade. Podemos notá-la claramente ao estudarmos a História da humanidade, inclusive através da Bíblia. Ela é o centro da trama das novelas, assim como da maioria dos filmes e afins. Ela é inspiração na música secular. E está na motivação principal da maior parte dos crimes que enchem as páginas policiais. Infelizmente, ela está até mesmo dentro das igrejas. Ela é como um câncer, que vai consumindo relacionamentos, famílias e vidas. Corrompe nossa visão do amor de Deus e de Seu plano original pra nós.

Este não vai ser mais um post, mas um estudo, com a graça do Papai. Acho que meu primeiro estudo, né?! Terminei a leitura do livro “A Face Oculta do Amor – Desmascarando o espírito de sensualidade”, no meio da semana passada e me encontrei mais impactada do que imaginei. A minha surpresa se deve ao fato de toda a leitura já ter sido bem esclarecedora e até reveladora, por isso, não esperava essa que experiência pudesse ir ainda mais a fundo. Mas Deus criou o contexto e forneceu até os dados. Não estou debatendo nenhum tema inédito, nem usando apenas conhecimento meu [nunca é, né, sempre tem procedência: Ele!], mas sei que esse tema já tem ardido dentro de mim tem tempo e apesar do desafio de escrever algo tão grande e obrigatoriamente organizado, estou bem animada, pois tenho certeza de que é a vontade d’Ele!

Ah, antes de prosseguir, o livro que mencionei e que vai nos acompanhar por todo este estudo é de autoria do pastor Marcos de Souza Borges [“vulgo” Coty! rs], da JOCUM – em campo desde janeiro de 1986, quando se casou com a também pastora-missionária Raquel.

Creio que este é um tema costumeiramente abordado de duas formas pela igreja: indiferença e aversão. No dia a dia da vida da igreja, a sensualidade e a sexualidade são ignoradas, postas de lado, porque é um tema difícil, complexo e até mesmo controverso. Mas quando pecados sexuais vêm à tona na vida de algum cristão/crente, é como se ele tivesse lepra, pois segue a quarentena social. Com certeza não estou isentando ninguém de seu erro, mas é muito fácil evitar a parte difícil, que é orientar e tratar a vida das pessoas nesta esfera, para apenas apontar o dedo, condenar e até mesmo excluir. A igreja se omite em sua tarefa de cuidar pra evitar o pecado, como de tratar o pecador e ajudá-lo a consertar sua vida. Eu sou a igreja também, porque a igreja não é uma estrutura física ou doutrinas, somos nós, templos vivos do Espírito Santo. Então essa crítica é também pra mim. Mas este estudo e este interesse no tema é uma forma de tentar mudar isso.

“Talvez a igreja não dê tanta atenção a isso porque este não é um problema muito comum, ou mesmo porque há coisas mais importantes pra nos preocuparmos do que com o que cada um faz entre quatro paredes”. Este pode ser um pensamento comum a muitas pessoas, não sei se é o seu caso. Mas... será mesmo que não tem importância? Será mesmo que não é tão comum assim? As igrejas estão povoadas de pessoas boas, salvas, cheias do Espírito Santo! E o mundo também é um lugar perfeito! Talvez o Céu não seja nem necessário, de tão perfeito que esse mundo é, né?! [sarcasmo detected!]

Uma pesquisa realizada pela BEPEC no início deste ano confirma uma realidade aterradora, que joga por terra todas as nossas desculpas. Nomeada como “O Crente e o Sexo”, o levantamento, feito em outubro do ano passado, aborda jovens cristãos e cristãos casados. Não há como tapar os olhos diante de um quadro desses. Não é à toa que a igreja, de uma maneira geral, não tem cumprido seu papel e feito diferença neste mundo.

De acordo com a pesquisa, 11,9% dos homens evangélicos casados tiveram uma relação homossexual na vida, assim como 3,7% das mulheres evangélicas casadas, e, deste total, 1,7% mantém a prática. Já entre os jovens cristãos na faixa de 16-24 anos que tiveram experiência sexual, 54,57% admitiu que esta ocorreu após a “conversão” [aspas minhas]. Dos 45,43% que tiveram essa experiência antes da “conversão”, 64,58% a mantiveram.

Coty define a sensualidade como a “idolatria dos próprios sentimentos e desejos” e acrescenta que “quando não há limites para os desejos, não há dimensão para o mal e a injustiça”. Mas, ele enfatiza de que não é apenas isso:

“É muito importante frisar que a sensualidade não é meramente uma postura atrativa que desperta a cobiça e a inveja alheia, se impondo através da defraudação, mas é acima de tudo a expressão física de entidades demoníacas que desejam escravizar e desfigurar o ser humano, impondo grilhões e amarras que subjugam o comportamento, os sentimentos e a vontade humana, manipulando relações com consequências traumáticas, que impetram maldições que se perpetuam por gerações”. [pág34]

Se você não tem tido domínio sobre seus desejos, eu te desafio a não apenas ler este post, talvez este livro, mas a buscar mesmo em Deus a libertação. Lendo esse livro, eu percebi como esse espírito tentou influenciar meus pensamentos e ideais a fim de me afastar do real amor de Deus, mas glórias a Ele, este AMOR foi maior. Em breve continuamos com esta discussão. Aceito perguntas e comentários, caso já existam.

Que Ele esteja no controle de cada um desses caracteres, de cada um de nós!

Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma. Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade”.
I João 1.5-6

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu não li os post’s seguintes ainda, mas sorrateiramente vejo isso (esp. da sensualidade agindo) quando "meninos e meninas" se preparam para ir ao culto. Parece mais um desfile. Vejo facilmente um comparando guarda-roupas dos outros, enquanto outros com roupas sujas. Os bonitões são aqueles que nem se sentam de lado desses irmãos humildes (vamos assim dizer), não sentam e nem cumprimentam com a Paz do Senhor. Eles parecem de outro mundo quando estão perto. É um choque de realidade, que parece que Cristo abençoou só o mais bem arrumado. O estilo de vida simples é algo que não passa pela cabeça de nenhum crente (desculpe generalizar) e nem se debate isso!

Não tem como criar uma regra pra todos e nem se deve, pois somos livres. Porém vejo que esse "estilo de vida" de muitos crentes afasta pessoas mais humildes das igrejas. Muitas pessoas não querem ir na minha igreja por dizerem ser “igreja de rico”. Deus vai nos cobrar isso. E não fugi do assunto não, por que pecado só gera mais pecado. E nesse ambiente onde o culto “a si mesmo acontece” (mesmo que sem perceber) o espírito da sensualidade anda solto e saltitante. Jesus nos alerta para fugirmos de TODO TIPO de avareza. O Espírito Santo pode falar mais aos nossos corações sobre isso. Deus nos abençoe.

Jones