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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Na luz ou nas trevas? [final]

"Como pode o jovem manter pura a sua conduta? 
Vivendo de acordo com a tua palavra”
Salmo 119.9

Se a Bíblia está dando a resposta, é porque ela existe, né? É porque isso é possível. Acho que estamos caminhando para a terceira e última parte deste estudo. Foram engraçados estes últimos dias. Estava pensando no que estava pensando e cheguei à conclusão de que nunca pensei tanto em sensualidade e pornografia como nestes dias, e fiquei imaginando a interpretação das pessoas que por acaso ouvissem esse meu pensamento solto. Haha!

Em momento algum quero parecer intolerante, quero apenas alertá-los para a necessidade de buscarmos a santidade, sermos puros no agir, falar e pensar, pra que possamos fazer a diferença neste mundo. Porque precisamos estar juntos ao pecador, para mostrar o caminho e mostrar também como vencer a corrida que nos está proposta [Hb 12.1], mas não podemos nos misturar ao pecado. Se fizermos isso, o sal será insípido, sem gosto, e não servirá para nada. É isso que queremos? Uma vida que não sirva para nada quando de nós poderiam correr fontes de águas cujos efeitos durariam para sempre? É muito comodismo, egoísmo ou mediocridade responder que sim.

Eu falei sobre os apelos da sensualidade em praticamente tudo que consumimos nesta sociedade, né? E andei me lembrando da pressão desses apelos sobre mim mesma. Vou contar. Uns meses atrás estreou um filme do Jake Gyllenhaal e da Anne Hathaway nos cinemas. Era uma história de amor, mas uma história muuuuito apimentada, pelo trailer e notícias que vi e li a respeito. O fator “história de amor” já seria algo que me atrairia pra ver este filme, a curiosidade pra ver esse casal que já gosto muito separadamente, também. Mas, além disso, perdoem-me os rapazes que acompanham o blog, eu acho o Jake tuuuudo de bom, ele é daqueles que arrancam suspiros extensos da minha pessoa. Eu cheguei a pensar “ah, tenho maturidade pra ver um filme desses e separar as coisas, não é pornô, só tem umas ceninhas mais ‘fortes’”. Mas qual a inteligência em ver um filme desse tipo com um cara que já mexe comigo, sendo eu solteira? Pra quê mexer com quem tá quieto [minha carne - rs]? [ps: eu disse ‘quieta’, não ‘imóvel’ nem ‘morta’! hehe]

Umas horas atrás fui baixar uma das séries que acompanho e entre as novas postagens de episódios tinha lá uma foto de uma série da HBO chamada True Blood. Não sei quantos já ouviram falar, ou mesmo assistiram. O máximo que vi foram matérias e talvez uma propaganda sobre ela, mas sei que é uma série de vampiros pra “adultos”, se é que me entendem. Orgia pura. Mas aquela droga de foto, da “mocinha” da série [a atriz que fez a Vampira, de X-men] cercada de vampiros descamisados, não vou negar, chama a minha atenção. Bate uma vontadezinha de ver aquela porcaria, sabe? Mas só porque dá vontade eu vou assistir [baixar, no caso, porque HBO, infelizmente ou felizmente, não tenho]? Eu não, tenho que ser mais esperta que isso. Já tem tanta coisa light nessa minha vida que me distrai do que é verdadeiramente importante, vou começar a ver uma série que vai despertar desejos e pensamentos que só vão me afastar daquilo que Deus quer falar e fazer? No way!

Estava aqui pensando em quantos casos de pessoas viciadas em sexo não ouvimos hoje em dia. Lembro que há uns dez anos atrás era raro ouvir o termo “ninfomaníaco”, e até engraçado. Se não estou enganada, o termo é mais voltado para as mulheres, talvez por isso hoje se fale quase que estritamente em “viciado/a em sexo”. Como esse descontrole tem crescido e originado coisas ainda mais abomináveis a Deus. Agora, como a Igreja vai ajudar alguém a ser liberto do jugo da sensualidade se estiver debaixo do mesmo jugo? É justamente isso que o diabo quer, que nos rendamos aos apelos da sensualidade sobre nós para que não tenhamos autoridade espiritual, por meio da qual poderíamos [poderemos, eu creio!] ser instrumentos na libertação e transformação dessas vidas.

O dia que terminei de ler o livro do pastor Marcos de Souza Borges, “A Face Oculta do Amor – desmascarando o espírito de sensualidade”, foi o mesmo dia que tive acesso à pesquisa da BEPEC sobre “O Crente e o Sexo”. Assustada pela comprovação daquilo que eu já imaginava através de dados, como, 20,55% dos jovens evangélicos entre 16-24 anos afirmaram ter vida sexual plena e ativa quando namorando, fui impactada pelo que o Coty tinha reservado pro final do livro. Na verdade, Deus está no controle de todas as coisas mesmo, né? Ele queria me falar algo, me desafiar.

Ele fez um paralelo entre a vida de dois grandes homens da Bíblia. Dois homens com um chamado de Deus, mas que não viveram da mesma forma diante d’Ele. Sansão tinha uma força física brutal, mas não tinha controle algum sobre seus desejos e coração. Apesar de existir um claro mandamento de Deus para que os israelitas não tomassem mulheres de outros povos, ele viu uma filisteia [os filisteus eram os principais inimigos de Israel na época] e quis tomá-la por mulher. Além de ser israelita, ele era separado por Deus para um propósito – derrotar os filisteus, e deveria zelar ainda mais pelos mandamentos d’Ele. Foi alertado pelos pais, mas não levou em consideração o conselho recebido. Pela resposta dele, conseguimos ter uma ideia de sua falta de sabedoria [não que Salomão tenha sabido usar a dele nessa área também, né?!]:

“Seu pai e sua mãe lhe perguntaram: ‘Será que não há mulher entre os seus parentes ou entre todo o seu povo? Você tem que ir aos filisteus incircuncisos para conseguir esposa?’ Sansão, porém, disse ao pai: ‘Consiga-a para mim. É ela que me agrada’”. Juízes 14.3

Daí, submetendo-se a um jugo desigual, desobedecendo ao conselho de Deus e dos pais, começou sua derrocada. Ele ainda teve grandes vitórias, mas foi derrotado em seu interior, ao dar espaço ao espírito de sensualidade. Esse casamento não saiu, antes, ele foi humilhado pelos filisteus e desrespeitado pela família da noiva, que a deu em casamento a um de seus amigos. Ferido, ele se entregou a uma prostituta em Gaza, até cair nos encantos de Dalila, que o traiu. Sansão foi atraído pelo espírito de sensualidade pelos olhos – ele via, e logo queria, mas no final das contas ficou sem eles. Em Juízes 16 lemos seu trágico final, ainda assim, lembrando-se do Senhor, ele, de certa forma, conseguiu vencer, matando mais homens em sua morte que em sua vida. Mas não acredito que precisava ser assim. Acredito que Deus tinha em mente um final mais feliz para Sansão.

O outro grande homem que é comparado a Sansão é José. Assim como Sansão, José tinha um lugar especial no plano de Deus para salvar o povo de Israel. Ao contrário de Sansão, José não teve uma vida fácil, ancorada pela família. Ainda jovem, seus irmãos o venderam como escravo por causa de ciúme do relacionamento dele com o pai. Provavelmente quando ele pensou que as coisas poderiam melhorar, já no Egito, ganhando a confiança do “chefe” ao ser levado para morar em sua casa e colocado como administrador de todos os seus bens, as coisas se complicaram. A mulher do “chefe” Potifar começou a assediar insistentemente o jovem José. Era o “teste da pureza”, segundo o Coty, pelo qual todo homem chamado por Deus passa. Esse teste “expressa nosso controle sobre os picos sentimentais e os desejos ardentes. É exatamente isso que faz a diferença entre alguém que anda e que não anda no espírito...”.

Como diriam alguns, essa endemoninhada dessa mulher atentou José de todo jeito que era possível... Assim, embora ela insistisse com José dia após dia, ele se recusava a deitar-se com ela e evitava ficar perto dela. Um dia ele entrou na casa para fazer suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava. Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: ‘Vamos, deite-se comigo!’ Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela”. [Gênesis 39.10-12] No versículo 9 deste mesmo capítulo, José responde ao primeiro apelo da mulher fazendo uma menção de respeito ao seu chefe e afirmando que não poderia cometer um pecado desses contra Deus! Mesmo depois de tudo o que ele passou, ele tinha o temor de Deus, continuava fiel, e a opinião do Pai a respeito dele era importante. Ele queria agradá-Lo. E para isso ele foi acusado de tentativa de estupro, indo parar na cadeia por longos anos. Mas Deus estava com ele e até mesmo em um lugar onde parecia não haver esperança, José prosperou. 

O resto da história [real] a gente conhece: José tornou-se o homem mais importante do Egito depois do Faraó e foi usado para salvar a vida das pessoas de seu tempo, e preservar a vida do povo de Deus, o povo de Israel, durante um período duro de fome. Nessa época ele pôde se reencontrar com o pai e os irmãos, e a família foi restaurada. Um reencontro lindo, contado em detalhes. José salvou um número de vidas que não podemos sequer imaginou, sem precisar morrer pra isso. “José permaneceu no Egito, com toda a família de seu pai. Viveu cento e dez anos e viu a terceira geração dos filhos de Efraim. Além disso, recebeu como seus os filhos de Maquir, filho de Manassés”. [Gênesis 50.22-23]
Coty analisa que Sansão e José “foram confrontados de maneira forte e insistente pelo espírito de sensualidade, o que representou um crivo para que pudessem ser empossados e sustentados espiritualmente numa dimensão mais elevada de autoridade. Diante da mesma prova, enfrentando as mesmas hostes demoníacas, apesar de ambos obterem grandes vitórias, eles tiveram um fim bem diferente”. [pág. 154]

Entendi o que esses dados da BEPEC estavam me mostrando quando li a conclusão do Coty. Ele fala sobre dois tipos de geração presentes na igreja nestes tempos: a geração Sansão e a geração José.

A primeira é formada pelos jovens que se renderam à sensualidade e, por isso “estão experimentando algo pior que a morte: uma vida sem propósito. Esta geração tem sido uma vergonha para seus pais e para Deus. São pessoas que vivem apenas para seus desejos e paixões”. Mas a geração José é formada por aqueles que “não negociam o sonho e o propósito de Deus”, e que buscam a face d'Ele.

Então, a questão que precisamos responder a nós mesmos e àquEle que nos criou é: queremos ser parte de qual geração? Não responder já é responder aquilo que Ele não quer ouvir de nós.

“Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra. Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, juntamente com os que, de coração puro, invocam o Senhor”.
2 Timóteo 2.20-21


Pleasing To You
Desperation Band
Composição: Jared Anderson

Sanctify me
Santifica-me
Clean out my closet
Limpe  dentro de mim
Take away anything
Leve tudo
That is not pleasing to You
Que não está Te agradando

Purify me
Purifica-me
Destroy all my anger
Destrói toda a minha ira
Wash away everything
Lave tudo
That is not pleasing to You
Que não está Te agradando

I will be white as snow
Eu serei branco como a neve
I will be pure as gold
Eu serei puro como o ouro
Jesus my heart must know
Jesus, meu coração precisa saber [que]
I'm pleasing to You
Estou agradando a Ti
I give my life my all
Eu dou minha vida, meu tudo
Taking the cross I will follow
Tomando a cruz, eu Te seguirei
Jesus my heart must know
Jesus, meu coração precisa saber
I'm pleasing to You
Estou agradando a Ti

Sanctify me
Santifica-me
You are the light to guide me
Tu és a luz para me guiar
To the place where I am
Ao lugar onde eu sou
Only pleasing to You
Apenas agradável a Ti
Oh come and purify me, Lord
Oh venha e purifica-me, Senhor
I need your light inside me
Eu preciso da Tua luz dentro de mim
So the darkness flees
Então a escuridão foge
And I can be pleasing to You
E eu posso ser agradável a Ti

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Na luz ou nas trevas? [2]


Não quero dar a impressão de que estou lançando um fardo pesado demais nas costas de vocês. Não quero ser insensível ou, como já cansei de falar, passar uma imagem de santa aqui. Mas creio que aquele que se considera um filho de Deus por meio de Jesus Cristo não pode dar desculpas nem se isentar de seu papel. Afinal, Ele, o Filho, não disse para levarmos dia a dia a nossa cruz e segui-Lo? [Lucas 9.23] Será que esse “levar a cruz” não significa que teremos que sacrificar algo em nossas vidas? Falei que aceitei Jesus, dou meu dízimo, tomo e ceia uma vez por mês e é só?

Fico aqui viajando nesse tema, na sensualidade, e em como a leitura desse livro ampliou minha visão a este respeito. Eu já sabia o quanto isso é forte na sociedade – seja qual for, e também que há entidades demoníacas por trás disso. Mas é como se, ao pensar em tantas coisas ao redor eu pudesse ver como a sensualidade está entranhada em tudo que consumimos ou que nos é oferecido. Isso é sério. Lá fora as pessoas têm batido cada vez mais a cabeça na parede influenciadas por estes espíritos e pela ideologia que eles fortaleceram ao longo dos séculos. Muitos têm achado que a morte é a única solução, pois a sensualidade os convence e os cega.

Em seu livro, o Coty faz um paralelo entre a criação de Deus e a imitação do diabo. Tudo que Deus cria, ele tenta copiar, deturpando o sentido e objetivo, mas tentando fazer algo o mais convincente possível. E ele criou a sensualidade justamente para confundir o entendimento do amor divino. Pensem em como isso é verdade? Quando eu me lembro de todo meu romantismo, fica claro pra mim essa relação. Como foi difícil entender e receber o amor de Jesus como meu Noivo. Até boa parte da minha adolescência eu pensava que o casamento era o “felizes para sempre”. Alguns meses atrás, uma bonita atriz brasileira se jogou da mesma sacada onde o noivo havia se jogado poucos meses antes. A sensualidade a convenceu de que não havia mais “felizes para sempre” pra ela, porque seu “príncipe” tinha partido. E a convenceu também de que “do outro lado” esse final poderia acontecer.

E com quantas vidas isso não tem acontecido! Quantos relacionamentos falidos, marcados pelo desrespeito, possessividade, dependência, não têm chegado ao nosso conhecimento? É a marca da sensualidade. Ela tenta ocupar o lugar de Deus na vida de uma pessoa, até que essa pessoa esteja fora do alcance do amor de Deus, como foi o caso dessa atriz e seu noivo.

A igreja deve ser um lugar para tratar os doentes, mas como ela vai ajudar alguém a se curar, e a ser curado, se ela mesma estiver doente? Jesus disse que faríamos obras maiores [João 14,12], mas por que isso não tem acontecido? Não será por que sua própria igreja, sua noiva, negociou os valores do reino por uma vida confortável aqui na terra?

E eu sei que essa não é uma luta justa [o diabo não é justo!], porque os apelos da sensualidade podem ser notados em tudo: ao ligar a tevê, ao abrir o jornal, ao navegar na internet, ouvir música [secular] e por aí vai. Não é uma luta fácil que os jovens, nós, jovens, temos travado contra ela. Já não seria fácil simplesmente dizer não à nossa carne, temos que dizer à nossa carne sendo bombardeada pelos apelos da sensualidade, mas isso não é motivo para entregar os pontos e relativizar tudo. Ou então a Palavra de Deus é mentirosa, porque lá está escrito: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar”. [I Coríntios 10.13]

Eu amo a palavra equilíbrio, mas odeio ouvir que “é relativo” ou “não tem nada a ver” [sem “h”, por favor!rs]. É relativo pra quem não lê a Bíblia. Não tem nada a ver pra quem não lê a Bíblia. Lá também está escrito que ou é sim, ou é não. [Mateus 5.37] Ou é certo, ou é errado. É preto no branco, ou branco no preto. Cinza está fora. Cinza está em cima do muro e será vomitado: “Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”. [Apocalipse 3.16] Essa palavra d’Ele é pra igreja de hoje.

Entre os jovens evangélicos na faixa dos 16-24 que responderam à pesquisa da BEPEC explicada no post anterior, 66,54% afirmaram se masturbar regularmente. Meninos, não tenho ideia do que vocês passam, mas ainda que a palavra masturbação não esteja na Bíblia, não deixa de ser errado. Alguém consegue se masturbar pensando na economia mundial ou nos conflitos no Oriente Médio? Alguém consegue fazer isso sem pensar em uma pessoa? Porque Jesus disse no sermão do monte que “qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” [Mateus 5.28]. Claro que não estou excluindo as meninas dessa estatística, mas tenho a impressão de que é menos complicado pra gente evitar esse pecado. Mas cada regra, é claro, tem sua exceção.

Já entre os evangélicos casados, a pesquisa revelou que 32,03% têm como hábito acessar pornografia pela internet e 12,51% recorrem a ela por meio da televisão, DVD ou cinema. As revistas pornográficas fazem parte da rotina de 2,97% dos entrevistados. Chegamos ao ponto de ser criado o “pornô gospel”. Como se qualquer lixo pudesse ser santificado debaixo da palavra que é traduz EVANGELHO. Gospel é o evangelho, mas virou rótulo pra muita coisa que os crentes não querem abrir mão no mundo e, então, trazem pra “igreja” com a desculpa de “não ter nada a ver”. [aaaaaaaaiiiiiiii!]

Um ponto que acho muito interessante nesse livro, “A Face Oculta do Amor – Desmascarando o espírito de sensualidade” [Marcos de Souza Borges – Ed. Jocum Brasil], é sobre o argumento da poligamia. Assim como muita gente usa o argumento de que na Bíblia se bebe vinho para se embriagar, usa-se também o argumento de que muitos homens usados por Deus tinham várias mulheres.

Coty nos lembra que Deus, como um Pai que ama seus filhos, aceitou isso na vida desses homens, mas que essa prática não O agradava e, por isso, não deixou de ter consequências. E ele nos lembra disso dando uma repassada na história de muitos desses homens. Abraão tomou sua serva por mulher e o filho que ela deu à luz originou uma geração que hoje odeia o povo e os valores de Deus. Davi cometeu adultério e homicídio, foi perdoado porque se arrependeu de verdade, mas os filhos que ele tinha com suas várias mulheres se voltaram uns contra os outros e até mesmo contra ele. Salomão, um dos filhos de Davi, teve mais sabedoria do que qualquer outro homem, mas também se deixou levar pela sensualidade, teve mil mulheres em seu harém e, depois de experimentar tudo o que a vida de um rei poderia oferecer-lhe, eis o que ele afirma:

"É tudo culpa dos meus pais".
“Descobri que muito mais amarga do que a morte é a mulher que serve de laço, cujo coração é uma armadilha e cujas mãos são correntes. O homem que agrada a Deus escapará dela, mas ao pecador ela apanhará”. [Eclesiastes 7.26]

Será que a gente quer arriscar nossa salvação em favor dos nossos desejos e relativismos? Ou então, como Salomão, chegar ao fim de nossa vida e olhar pra trás com frustração e lamento? Ou ainda chegar ao céu e vermos tudo que poderíamos ter sido e feito nas mãos de Deus, mas que rejeitamos porque não queríamos rejeitar nossa carne?

“...mantendo a fé e a boa consciência que alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé”.
I Timóteo 1.19

"Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más".
João 3.20

domingo, 21 de agosto de 2011

Na luz ou nas trevas? [1]


Ela está profundamente arraigada na nossa sociedade. Podemos notá-la claramente ao estudarmos a História da humanidade, inclusive através da Bíblia. Ela é o centro da trama das novelas, assim como da maioria dos filmes e afins. Ela é inspiração na música secular. E está na motivação principal da maior parte dos crimes que enchem as páginas policiais. Infelizmente, ela está até mesmo dentro das igrejas. Ela é como um câncer, que vai consumindo relacionamentos, famílias e vidas. Corrompe nossa visão do amor de Deus e de Seu plano original pra nós.

Este não vai ser mais um post, mas um estudo, com a graça do Papai. Acho que meu primeiro estudo, né?! Terminei a leitura do livro “A Face Oculta do Amor – Desmascarando o espírito de sensualidade”, no meio da semana passada e me encontrei mais impactada do que imaginei. A minha surpresa se deve ao fato de toda a leitura já ter sido bem esclarecedora e até reveladora, por isso, não esperava essa que experiência pudesse ir ainda mais a fundo. Mas Deus criou o contexto e forneceu até os dados. Não estou debatendo nenhum tema inédito, nem usando apenas conhecimento meu [nunca é, né, sempre tem procedência: Ele!], mas sei que esse tema já tem ardido dentro de mim tem tempo e apesar do desafio de escrever algo tão grande e obrigatoriamente organizado, estou bem animada, pois tenho certeza de que é a vontade d’Ele!

Ah, antes de prosseguir, o livro que mencionei e que vai nos acompanhar por todo este estudo é de autoria do pastor Marcos de Souza Borges [“vulgo” Coty! rs], da JOCUM – em campo desde janeiro de 1986, quando se casou com a também pastora-missionária Raquel.

Creio que este é um tema costumeiramente abordado de duas formas pela igreja: indiferença e aversão. No dia a dia da vida da igreja, a sensualidade e a sexualidade são ignoradas, postas de lado, porque é um tema difícil, complexo e até mesmo controverso. Mas quando pecados sexuais vêm à tona na vida de algum cristão/crente, é como se ele tivesse lepra, pois segue a quarentena social. Com certeza não estou isentando ninguém de seu erro, mas é muito fácil evitar a parte difícil, que é orientar e tratar a vida das pessoas nesta esfera, para apenas apontar o dedo, condenar e até mesmo excluir. A igreja se omite em sua tarefa de cuidar pra evitar o pecado, como de tratar o pecador e ajudá-lo a consertar sua vida. Eu sou a igreja também, porque a igreja não é uma estrutura física ou doutrinas, somos nós, templos vivos do Espírito Santo. Então essa crítica é também pra mim. Mas este estudo e este interesse no tema é uma forma de tentar mudar isso.

“Talvez a igreja não dê tanta atenção a isso porque este não é um problema muito comum, ou mesmo porque há coisas mais importantes pra nos preocuparmos do que com o que cada um faz entre quatro paredes”. Este pode ser um pensamento comum a muitas pessoas, não sei se é o seu caso. Mas... será mesmo que não tem importância? Será mesmo que não é tão comum assim? As igrejas estão povoadas de pessoas boas, salvas, cheias do Espírito Santo! E o mundo também é um lugar perfeito! Talvez o Céu não seja nem necessário, de tão perfeito que esse mundo é, né?! [sarcasmo detected!]

Uma pesquisa realizada pela BEPEC no início deste ano confirma uma realidade aterradora, que joga por terra todas as nossas desculpas. Nomeada como “O Crente e o Sexo”, o levantamento, feito em outubro do ano passado, aborda jovens cristãos e cristãos casados. Não há como tapar os olhos diante de um quadro desses. Não é à toa que a igreja, de uma maneira geral, não tem cumprido seu papel e feito diferença neste mundo.

De acordo com a pesquisa, 11,9% dos homens evangélicos casados tiveram uma relação homossexual na vida, assim como 3,7% das mulheres evangélicas casadas, e, deste total, 1,7% mantém a prática. Já entre os jovens cristãos na faixa de 16-24 anos que tiveram experiência sexual, 54,57% admitiu que esta ocorreu após a “conversão” [aspas minhas]. Dos 45,43% que tiveram essa experiência antes da “conversão”, 64,58% a mantiveram.

Coty define a sensualidade como a “idolatria dos próprios sentimentos e desejos” e acrescenta que “quando não há limites para os desejos, não há dimensão para o mal e a injustiça”. Mas, ele enfatiza de que não é apenas isso:

“É muito importante frisar que a sensualidade não é meramente uma postura atrativa que desperta a cobiça e a inveja alheia, se impondo através da defraudação, mas é acima de tudo a expressão física de entidades demoníacas que desejam escravizar e desfigurar o ser humano, impondo grilhões e amarras que subjugam o comportamento, os sentimentos e a vontade humana, manipulando relações com consequências traumáticas, que impetram maldições que se perpetuam por gerações”. [pág34]

Se você não tem tido domínio sobre seus desejos, eu te desafio a não apenas ler este post, talvez este livro, mas a buscar mesmo em Deus a libertação. Lendo esse livro, eu percebi como esse espírito tentou influenciar meus pensamentos e ideais a fim de me afastar do real amor de Deus, mas glórias a Ele, este AMOR foi maior. Em breve continuamos com esta discussão. Aceito perguntas e comentários, caso já existam.

Que Ele esteja no controle de cada um desses caracteres, de cada um de nós!

Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma. Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade”.
I João 1.5-6