sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pecados que preferimos ignorar...

É engraçado como as coisas acontecem de vez em quando...

Minha querida amiga Cloue me emprestou um livro de devocionais que ela "herdou" que se chama "A Journey Into Prayer". Nele estão compiladas algumas reflexões sobre oração da autora Evelyn Christenson em um livro branco e lilás, de capa fofinha e com uma fitinha também lilás para marcarmos onde paramos a leitura. É lindo! Me sinto a mocinha de um filme romântico antigo quando o tenho em mãos! hehe

Mas por mais fofo que ele seja, ele traz algumas verdades contundentes. E como é sempre melhor aprender com os erros e acertos dos outros - com os erros porque evitamos de errar e com os acertos porque não perdemos tempo com tentativas que vão se frustrar -, tenho aprendido e relembrado um bocado de coisas com essa leitura... 

Vou ter que dar uma pincelada no contexto para que compreendam uma ocasião essa semana em que a leitura foi acompanhada por sua aplicação imediata. Bom, minha irmã está de férias e um dia desses não deixou eu assistir uma coisa muito importante para mim, que eu já vinha acompanhando a tempos, para ficar zapeando de um canal para um outro, sem assistir nada de fato. Até minha mãe comentou com ela a meu favor, mas de nada adiantou. Por isso tive que assistir a tal coisa na televisão velha e em canal aberto, o que não foi a mesma coisa, definitivamente. Lembrem-se, era algo pelo que eu esperava ansiosamente para assistir!

Pois bem... fiquei bem chateada com o egoísmo dela, mas vida que segue né... Mais tarde, quando eu estava no "controle" da outra televisão fiquei assistindo programas que eu gosto, mas sabia que ela não gostava... Como eu não concorde em mudar, ela apelou... Mas como eu estava passando roupa pra ajudar minha mãe [e costumo ser muito eficiente nessa tarefa... rs], dessa vez foi ela que teve que sair. Passado um tempo, enquanto eu tinha saído da sala, ela apareceu e tava lá zapeando freneticamente. Eu voltei e reclamei só pra perturbar ela mesmo, e ela saiu furiosa, reclamando e gritando...

Acontece que antes de dormir estava lendo a devocional do dia desse livro tão lindo que comentei... Lendo lá de pé mesmo, na porta do banheiro, bem rapidinho... Ah, antes disso, quando estava orando e pedindo perdão pelos pecados que cometi, uma lista duns 10 ou mais surgiram nessa situação, o que me deixou assustada "Caraca, quantos pecados eu cometi por causa de uma bobeira dessas?". 

E a abençoada da devocional tinha como título "Eu?... Pecado?". Onde ela conta que um dia perguntaram a ela que tipo de pecado alguém 'como ela' cometia. E ela ficou pensando, pensando e acabou escrevendo uma lista e tanto, dos quais ela destacou os principais - que também são bem comuns a mim: 

Motivos divididos: quando estamos envolvidos servindo a Cristo, pensando que nossas razões são todas pela glória d'Ele. Mas Ele mostra quantas vezes foi pelo ego, auto-suficiência, auto-satisfação e desejo de construir nosso próprio merecimento aos olhos de nossos irmãos.Pretensão: ela usou o exemplo de uma parceira de oração que um dia confessou que todos em sua família, igreja e etc pensavam que ela era muito mais espiritual do que ela era, mas ela não ousava admitir a verdade para essas pessoas.Orgulho: a autora se disse surpresa em uma ocasião na qual Deus a mostrou o sentimento de "olha o que eu fiz" que havia nela quando levou um estudo profundo para discussão na classe de adultos. A Evelyn expõe que Deus mostrou pra ela esses "pequenos pecados cristãos". 



E enquanto eu lia essa reflexão encostada na porta do banheiro e concordava com tudo, eis que passa minha irmã e pede desculpas por ter gritado comigo. Eu disse que tudo bem e continuei lendo... lendo sobre orgulho... E fiquei pensando, será q eu tenho que pedir desculpas pra ela também? De um lado eu pensava, 'não, eu tava no meu direito... ela que foi egoísta'... Mas por outro eu pensava 'eu exagerei tentando descontar um pco a atitude dela comigo'... Conclui que deveria, sim, pedir desculpas... E quando voltei ao quarto, andei prum lado, andei pro outro, até que conseguiu sair um "desculpe também por te irritar". 

Fiquei pensando porque foi tão difícil pra sair esse pedido de desculpas... Na verdade, porque sempre é. Uma coisa é dizer "ah, desculpe ter pisado no seu pé" ou "ah, desculpe, esqueci de te ligar", mas pedir desculpa por algo que sabemos que estamos errados, são outros quinhentos! Por que isso? Porque somos ORGULHOSOS demais para admitir que erramos... Não é fácil... Preferimos manter as aparências de que estamos sempre certos, sempre no nosso direito... Mas se mantermos esse pecado "aninhado" dentro de nós, não vamos poder cumprir o mandamento de amar nosso próximo como a nós mesmos, e, por fim, nem o de amar a Deus com todas as nossas forças. Porque sempre vai haver uma barreira intransponível: nosso eu.

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno". 
Sl 139.23-24


Por todas as vezes que eu desapontei você, Senhor
Me perdoe
Por todos os caminhos que eu não consegui chegar
Senhor, me perdoe agora
Deus, eu estou tão necessitado de graça
Eu me envergonho
Me perdoe

Você vê as lágrimas caírem de meu rosto
Me perdoe
Tome meu medo, Senhor, tome minha vergonha
Senhor, me perdoe agora
Me purifique, me faça novo
Como só Você pode fazer
Me perdoe agora

Senhor, nós viemos te adorar
Nós estamos perdoados
Nós trouxemos nosso amor e te agradecemos
Nós estamos perdoados agora
Deus, nós te louvamos pela sua graça
Diante de ti estamos prostrados
Perdoados
Deus, nós te louvamos pela sua graça
Diante de ti estamos prostrados
Perdoados
Perdoados

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