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domingo, 24 de abril de 2011

Nas palmas das Tuas mãos...

"Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei..." Isaías 49.16

Na Páscoa passada, Deus me proporcionou uma experiência tão linda, que inspirou o post "A real life fairytale" [Um conto de fadas da vida real]. Posso afirmar com alegria redobrada que nesse ano não foi diferente. E ele me tocou a este respeito, sobre escrever, nessa tarde.

Acho que desde a minha mais tenra idade [clichê esse termo? rs], "sonhadora" é meu nome do meio. Creio que já falei aqui inúmeras vezes sobre os sonhos e ideais que tinha, né? Eles eram excessivos e nada equilibrados, chegavam a me fazer mal por estabelecer alvos altos demais, mas com o passar dos anos, à medida que fui conhecendo Jesus de andar com Ele, Ele foi transformando esses meus sonhos e ideais. Outro dia fiquei até surpresa e feliz quando citei o Pv 16.1 "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor" [não me perguntem qual tradução é essa! rs] para diminuir a expectativa de uma amiga com respeito à minha vida sentimental e, quando ela disse que eu já tinha falado isso outro dia, uma graaaande disse amiga completou que esse provérbio era a minha vida... :)

E vou dizer que há um bom tempo estava com dificuldade em falar dos meus sonhos. Tava difícil, porque não queria correr o risco de sonhar algo que não fosse a vontade de Deus, então evitava colocar algo como "meu sonho". Vou dar alguns exemplos...

Sempre que o assunto é casamento, compartilho algumas coisas que gostaria que acontecessem na cerimônia do meu, mas sempre ressalto que esse é um "desejo" meu, mas que Deus é quem sabe como vai ser [lógico]. Quando estava sem trabalhar, me imaginei trabalhando em uma organização como a Visão Mundial como um "sonho", mas preferi manter isso como algo que eu desejaria viver um dia. Pensar em uma pós não era algo que eu sonhava ou planejava, apenas desejava, colocava como algo que considerava interessante. Até mesmo o sonho de assistir minhas bandas favoritas foi deixado de lado quando percebi que era mais certo louvar com eles no céu... rs

Eu não queria correr atrás do vento. Correr atrás de algo que tiraria meu foco do que Deus quisesse de mim, perder meu tempo em algo meramente meu e não d'Ele, então dei um tempo nos meus sonhos. Comecei a ter apenas desejos. Quis entregar tudo nas mãos d'Ele. Talvez também com medo de voar alto e sofrer uma queda maior. Mas o pensamento principal era, "não quero mais sonhar sozinha, não quero sonhar por conta própria, quero o Senhor no controle, mesmo que eu tenha que ir me adaptando aos Teus planos a cada dia".

E na madrugada dessa Sexta-feira da Paixão Ele colocou um ponto final nisso quando me disse: "Sonha, filha". Mas agora sei que não corro mais o risco de sonhar sozinha, porque Ele plantou os sonhos d'Ele dentro de mim. Ainda não posso dizer quais são, porque Ele vai dar forma e contorno a eles com o tempo, mas sei que não são sonhos pra meu deleite exclusivo [pode até ser que no pacote tenha alguns agradinhos, né, do jeito que Ele é lindo!], mas sonhos pra Ele, pra glória do nome d'Ele. E vou acrescentar que até os tais possíveis agradinhos não seriam mais 100% pra mim, porque até nisso Ele já inseriu a vontade d'Ele. É sério, já posso dizer que até as coisas que eu possa eventualmente querer "pra mim" trazem o desejo de agradá-Lo. E não estou fazendo gênero. Já escrevi nesse blog antes que não faz sentido pra mim dizer algo que não sou, porque é Deus quem sonda o meu coração e não teria como mentir pra Ele. Mas, claro, foi Ele quem fez isso em mim. 

Mas tem uma coisa. Se eu não tivesse aberto mão dos meus sonhos, Ele não teria encontrado espaço pra isso: primeiro, pra vontade d'Ele na minha vida e, agora, pros sonhos d'Ele através dela.

"ConTigo eu sonho, Pai"! :)

"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele..." 
 Sl 37.5-7a


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Via Dolorosa...

Foi por mim. Foi por você.
كان ذلك بالنسبة لي. ومن أجلك.
Гэта было для мяне. Гэта для вас.
Это было для меня. Это для вас.
Itu bagi saya. Ini adalah untuk Anda.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Com sede na Cruz...

Quando eu estava lendo em João sobre a esponja embebida em vinagre que deram a Jesus quando Ele teve sede, isso ficou na minha cabeça como se Deus estivesse falando "separa isso, porque tenho mais a dizer a respeito". E então vi no meu email uma das reflexões do Max Lucado, não a diária, mas a maior, que dizia "Com sede na Cruz". Esperei o momento certo pra poder prestar a devida atenção ao texto, em inglês.

E hoje, sentindo o desejo de escrever aqui, mas sem saber o quê, penso que é a oportunidade certa para compartilhar as palavras desse homem de Deus que tem essa revelação tão incrível de Sua Palavra e Amor... Eu sempre fico impressionada e maravilhada!

A onze dias de mais uma sexta-feira da Paixão...

Sedento na Cruz
Por Max Lucado

O ato final de Jesus na Cruz teve a intenção de vencer nossa sede.
Esse é o ato final da vida de Jesus. Na medida conclusiva de sua composição terrena, ouvimos o som de um homem com sede. 
E por meio da sede dele - por meio de uma esponja e um vaso de vinho barato [vinagre] -, ele deixa seu apelo final:
"Você pode confiar em mim".
Jesus. Lábios rachados e boca como algodão. Garganta tão seca que ele não poderia engolir, e voz tão rouca que ele mal conseguia falar. Ele tem sede. Para encontrar a última vez que alguma umidade tocou esses lábios, você precisa voltar uma dúzia de horas até a ceia no cenáculo. Desde que provou do cálice de vinho, Jesus foi espancado, cuspido, ferido e cortado. Ele tem sido um carregador de cruz e suportador de pecados, e nenhum líquido atingiu sua garganta. Ele tem sede.
Por que ele não faz algo a respeito? Ele poderia? Ele não transformou jarros de água em vinho? ... Com uma palavra ele não baniu a chuva e acalmou as ondas? A Palavra não diz que ele "converte o deserto em lagoas" [Sl 107.35] e o "rochedo em uma fonte" [Sl 114.8]? Deus não diz "eu derramarei água em quem tem sede" [Is 44.3]?
Se é assim, por que Jesus aguentou a sede?
Enquanto nos fazemos essa pergunta, adicione algumas mais. Por que ele se cansou em Samaria [Jo 4.6], se perturbou em Nazaré [Mc 6.6] e se irou no Templo [Jo 2.15]? Por que ele teve sono no barco no Mar da Galiléia [Mc 4.38], tristeza no túmulo de Lázaro [Jo 11.35], e fome no deserto [Mt 4.2]?
Por quê? E por que ele teve sede na cruz?
Ele não tinha que sofrer sede. Pelo menos, não no nível em que sentiu. Seis horas antes lhe foi oferecida uma bebida, mas ele a recusou.
Eles levaram Jesus a um lugar chamado Gólgota [que quer dizer Lugar da Caveira]. Então eles lhe ofereceram vinho misturado com mirra, mas ele recusou. E eles o crucificaram. Repartindo suas roupas, eles lançaram sortes para ver o que cada um levaria [Mc 15.22-24].
Antes que os pregos fossem martelados, uma bebida foi oferecida. Marcos diz que era vinho misturado com mirra. Mateus descreve como vinho misturado com fel. Ambos mirra e fel contêm propriedades sedativas que amortecem os sentidos. Mas Jesus os recusou. Ele se recusou a ser sedado por drogas, optando, pelo contrário, a sentir a força de seu sofrimento. 
Por quê? Por que ele suportou todos esses sentimentos? Porque ele sabia que você os sentiria também.
Ele sabia que você ficaria cansado, confuso e irado. Ele sabia que você teria sono, angústia e fome. Ele sabia que você enfrentaria a dor. Se não a dor do corpo, a dor da alma... dor penetrante demais pra qualquer droga. Ele sabia que você enfrentaria a sede. Se não a sede por água, pelo menos a sede por verdade e a verdade que retiramos da imagem de um Cristo sedento é - ele entende.
E porque ele entende, podemos ir até ele.
[Extraído de This is Love: The extraordinary Story of Jesus]


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E como esse blog é acessado no mundo todo, vamos publicar essa linda reflexão também no original em inglês...

Thirsty on the Cross

by Max Lucado
Jesus’ final act on earth was intended to win your trust.
This is the final act of Jesus’ life. In the concluding measure of his earthly composition, we hear the sounds of a thirsty man.
And through his thirst—through a sponge and a jar of cheap wine—he leaves a final appeal.
“You can trust me.”
Jesus. Lips cracked and mouth of cotton. Throat so dry he couldn’t swallow, and voice so hoarse he could scarcely speak. He is thirsty. To find the last time moisture touched these lips you need to rewind a dozen hours to the meal in the upper room. Since tasting that cup of wine, Jesus has been beaten, spat upon, bruised, and cut. He has been a cross-carrier and sin-bearer, and no liquid has salved his throat. He is thirsty.
Why doesn’t he do something about it? Couldn’t he? Did he not cause jugs of water to be jugs of wine? Did he not make a wall out of the Jordan River and two walls out of the Red Sea? Didn’t he, with one word, banish the rain and calm the waves? Doesn’t Scripture say that he “turned the desert into pools” (PSALM 107:35 NIV) and “the hard rock into springs” (PSALM 114:8 NIV)?
Did God not say, “I will pour water on him who is thirsty” (ISAIAH. 44:3NKJV)?
If so, why does Jesus endure thirst?
While we are asking this question, add a few more. Why did he grow weary in Samaria (John 4:6), disturbed in Nazareth (Mark 6:6), and angry in the Temple (John 2:15)? Why was he sleepy in the boat on the Sea of Galilee (Mark 4:38), sad at the tomb of Lazarus (John 11:35), and hungry in the wilderness (Matt. 4:2)?
Why? And why did he grow thirsty on the cross?
He didn’t have to suffer thirst. At least, not to the level he did. Six hours earlier he’d been offered drink, but he refused it.
They brought Jesus to the place called Golgotha (which means The Place of the Skull). Then they offered him wine mixed with myrrh, but he did not take it. And they crucified him. Dividing up his clothes, they cast lots to see what each would get. (Mark 15:22–24 NIV, italics mine)
Before the nail was pounded, a drink was offered. Mark says the wine was mixed with myrrh. Matthew described it as wine mixed with gall. Both myrrh and gall contain sedative properties that numb the senses. But Jesus refused them. He refused to be stupefied by the drugs, opting instead to feel the full force of his suffering.
Why? Why did he endure all these feelings? Because he knew you would feel them too.
He knew you would be weary, disturbed, and angry. He knew you’d be sleepy, grief-stricken, and hungry. He knew you’d face pain. If not the pain of the body, the pain of the soul … pain too sharp for any drug. He knew you’d face thirst. If not a thirst for water, at least a thirst for truth, and the truth we glean from the image of a thirsty Christ is—he understands.
And because he understands, we can come to him.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ah, este amor!

Sempre que eu penso na Paixão de Cristo, o primeiro versículo que me vem à mente está em IICo 5.14a:

"Pois o amor de Cristo nos constrange"... E o versículo que o segue também é fundamental pra entender algumas coisas básicas sobre viver o Cristianismo: "E Ele morreu por todos, para que os que vivam não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou".

Alguém já parou pra pensar no que quer dizer "constranger"? Popularmente pensamos no sentido de "ter vergonha", "ser exposto" [na qualidade de uma pessoa tímida, esse sentido sempre foi bem comum pra mim], mas vai muito além disso. No dicionário achamos "Obrigar por força; coagir"; "Tolher a liberdade a; incomodar". [Michaelis]

E não é Deus que nos obriga a isso, é a consciência de Seu grande amor, por meio do sacrifício de Jesus por nós. Nada se compara. E de maneira mais prática, isso quer dizer que quando entendemos esse amor de verdade, não tem como sermos os mesmos de antes. Se você não consegue mudar de vida ou conhece alguém que não, não adianta tapar os olhos, essa pessoa ainda não conheceu nem compreendeu o amor supremo de Jesus Cristo. Porque depois que você conhece, que você compreende o que Ele fez, por que Ele fez, o que Ele passou (apesar de ser o Filho de Deus ele também era homem e sofria as mesmas coisas que nós sofremos!)... tanta dor, tanto sofrimento, tanta humilhação... é impossível ser a mesma pessoa.


Seu amor nos obriga, nos incomoda, nos move em direção às mudanças que são necessárias pra vivermos na presença daqu'Ele que nos amou tanto, mas tanto, a ponto de se entregar por nós numa cruz.

No mesmo capítulo já citado, versículo 17, isso fica bem claro: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas"!

Minha oração nesta Páscoa é que este Amor esteja sempre me incomodando, me constrangendo, me obrigando a ser uma pessoa melhor pro meu Salvador a cada dia!