segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Segunda-feira de aniversário...

Não sei porque, mas me deu uma vontade de escrever um post tipo diário, para falar como foi esse dia, meu dia.

No primeiro dia do meu 31° ano de vida, acordei (senão nem estaria escrevendo aqui rs) e, por um momento, tive a impressão de que o tempo estava fechado. Mas insisti olhando por entre o tecido, que não é fino, da cortina, e consegui ver que o céu estava azul! Sim, o sol brilhava lá fora. 

Mas apesar da minha empolgação costumeira em datas especiais, parecia uma segunda-feira comum, e de fato o era - o é. Dei uma tratada no cabelo, coloquei um vestidinho, passei um batom e fui, tudo para tentar me fazer sentir que não era um dia comum.

A caminho do trabalho vi uma cena curiosa dentro do ônibus. Um rapaz em pé lá na frente carregava um ramalhete de flores. Tão antigo quanto essa palavra, ramalhete, é este hábito de se carregar flores nesta quantidade. Na verdade em qualquer quantidade já é meio raro, né, assim, então... E o legal é que o cara não tinha #professorGirafalesfeelings, ele era jovem, de óculos escuros, um estilo bem atual. Achei bem bacana isso... 

O dia seguiu devagar. Eu, devagar pra pegar no tranco. Meu estômago, devagar também, sem muita vontade de trabalhar. Tudo parecendo parado... Nem o sol brilhava lá fora com muita vontade mais... Na minha impaciência, comecei a importunar um amigo e começamos a fingir que estávamos discutindo. Mas ainda apenas uma segunda-feira. Sem muita emoção.

E assim continuou. Mas o amor que a gente recebe vai muito além da emoção. Tantos se lembraram ou, tendo sido lembrados, tiraram um minuto para manifestar carinho. No corredor mesmo, quando cheguei ao trabalho, um colega que nem é do meu setor já me parou, me deu um abraço e tirou meus pés do chão. Muitos recados, sms's e manifestações que eu não esperava. Uma segunda-feira comum, sim, mas a minha segunda-feira.

Já com medo de perder meu último ônibus do dia, quando só havia mais duas pessoas na assessoria, me despedi, preparada pra correr, e fui chamada. Era mais um abraço de aniversário para mim. Saí e fui chamada mais uma vez, quando recebi um presente de todos os colegas. Me enganaram direitinho. Deixaram para entregar aos 45' do segundo tempo, quando a maior parte já teria ido embora, só pra eu pensar que realmente se esqueceram desse nosso "costume" recém-adquirido! Um presente lindo, tão eu, que amei à primeira vista!

A caminho de casa, já me aproximando de meu ponto de descida, começou a chover horrores. Me lembrei de algo que tinha pensado quando estava falando com Deus sobre o clima de hoje. "Do I want shelter from the rain or the rain to wash me away?" (Quero abrigo da chuva ou a chuva para me lavar?). Na verdade, eu queria a chuva para me lavar... mas como uma mulher faz isso com uma mochila cheia de coisa importante, incluindo o celular? É difícil ser livre numa situação dessas... Por enquanto, manterei somente na metáfora mesmo... trazer pra realidade vai levar um tempo ainda.

Em casa, foram tantos telefonemas que custei a conseguir comer alguma coisa. Mas não estou reclamando. rs Lanchinho bom demais preparado pela mamãe, um pouquinho de programa leve (Man vs. Food é leve? hahaha)... Foi, enfim um lindo dia.

Mesmo sem emoção, sem badalação, foi um dia comum, mas mais um dia que Ele fez. E um dia que Ele me deu de presente. Foi um presente cada palavra, mensagem, ligação, abraço... É um presente saber que Ele está cuidando de tudo. O primeiro dos 30 foi um ano de novos desafios e lutas diferentes, mas em tudo isso sei que tive a oportunidade de crescer e aprender um pouquinho mais... de uma lista de muuuuuitas e muuuuuitas coisas que ainda tenho para aprender!

Deus é bom e gracioso para comigo. De uma forma às vezes tão simples e tão evidente que chego a ficar constrangida. Sim, foi um dia comum, uma segunda-feira bem comum. Mas foi mais um dia com Ele e um dia da forma como Ele desejou que fosse. Um dia cheio de presenças que, mesmo à distância, deixaram sua marquinha, e outras que, tão pertinho, me lembraram que esse dia comum era meu. D'Ele pra mim. Concluo com essa música, que é uma pergunta que sempre ouço em meu coração... "What am I?"


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