Ela está profundamente arraigada na nossa sociedade. Podemos notá-la claramente
ao estudarmos a História da humanidade, inclusive através da Bíblia. Ela é o
centro da trama das novelas, assim como da maioria dos filmes e afins. Ela é inspiração
na música secular. E está na motivação principal da maior parte dos crimes que
enchem as páginas policiais. Infelizmente, ela está até mesmo dentro das
igrejas. Ela é como um câncer, que vai consumindo relacionamentos, famílias e
vidas. Corrompe nossa visão do amor de Deus e de Seu plano original pra nós.
Este não vai ser mais um post, mas um estudo, com a graça do Papai. Acho
que meu primeiro estudo, né?! Terminei a leitura do livro “A Face Oculta do Amor –
Desmascarando o espírito de sensualidade”, no meio da semana passada e
me encontrei mais impactada do que imaginei. A minha surpresa se deve ao fato
de toda a leitura já ter sido bem esclarecedora e até reveladora, por isso, não
esperava essa que experiência pudesse ir ainda mais a fundo. Mas Deus criou o
contexto e forneceu até os dados. Não estou debatendo nenhum tema inédito, nem
usando apenas conhecimento meu [nunca é, né, sempre tem procedência: Ele!], mas
sei que esse tema já tem ardido dentro de mim tem tempo e apesar do desafio de
escrever algo tão grande e obrigatoriamente organizado, estou bem animada, pois
tenho certeza de que é a vontade d’Ele!
Ah, antes de prosseguir, o livro que mencionei e que vai nos acompanhar
por todo este estudo é de autoria do pastor Marcos de Souza Borges [“vulgo”
Coty! rs], da JOCUM – em campo desde janeiro de 1986, quando se casou com a
também pastora-missionária Raquel.
Creio que este é um tema costumeiramente abordado de duas formas pela
igreja: indiferença e aversão. No dia a dia da vida da igreja, a sensualidade e
a sexualidade são ignoradas, postas de lado, porque é um tema difícil, complexo
e até mesmo controverso. Mas quando pecados sexuais vêm à tona na vida de algum
cristão/crente, é como se ele tivesse lepra, pois segue a quarentena social. Com
certeza não estou isentando ninguém de seu erro, mas é muito fácil evitar a
parte difícil, que é orientar e tratar a vida das pessoas nesta esfera, para
apenas apontar o dedo, condenar e até mesmo excluir. A igreja se omite em sua
tarefa de cuidar pra evitar o pecado, como de tratar o pecador e ajudá-lo a
consertar sua vida. Eu sou a igreja também, porque a igreja não é uma estrutura
física ou doutrinas, somos nós, templos vivos do Espírito Santo. Então essa
crítica é também pra mim. Mas este estudo e este interesse no tema é uma forma
de tentar mudar isso.
“Talvez a igreja não dê tanta atenção a isso porque este não é um problema
muito comum, ou mesmo porque há coisas mais importantes pra nos preocuparmos do
que com o que cada um faz entre quatro paredes”. Este pode ser um pensamento
comum a muitas pessoas, não sei se é o seu caso. Mas... será mesmo que não tem
importância? Será mesmo que não é tão comum assim? As igrejas estão povoadas de
pessoas boas, salvas, cheias do Espírito Santo! E o mundo também é um lugar
perfeito! Talvez o Céu não seja nem necessário, de tão perfeito que esse mundo é,
né?! [sarcasmo detected!]
Uma pesquisa realizada pela BEPEC
no início deste ano confirma uma realidade aterradora, que joga por terra todas
as nossas desculpas. Nomeada como “O Crente e o Sexo”, o levantamento, feito em
outubro do ano passado, aborda jovens cristãos e cristãos casados. Não há como
tapar os olhos diante de um quadro desses. Não é à toa que a igreja, de uma
maneira geral, não tem cumprido seu papel e feito diferença neste mundo.
De acordo com a pesquisa, 11,9%
dos homens evangélicos casados tiveram uma relação homossexual na vida, assim
como 3,7% das mulheres evangélicas
casadas, e, deste total, 1,7% mantém
a prática. Já entre os jovens cristãos na faixa de 16-24 anos que tiveram
experiência sexual, 54,57% admitiu
que esta ocorreu após a “conversão” [aspas minhas]. Dos 45,43% que
tiveram essa experiência antes da “conversão”, 64,58% a mantiveram.
Coty define a sensualidade como a “idolatria dos próprios sentimentos e
desejos” e acrescenta que “quando não há limites para os desejos, não há
dimensão para o mal e a injustiça”. Mas, ele enfatiza de que não é apenas isso:
“É muito importante frisar que a sensualidade não é meramente uma
postura atrativa que desperta a cobiça e a inveja alheia, se impondo através da
defraudação, mas é acima de tudo a expressão física de entidades demoníacas que
desejam escravizar e desfigurar o ser humano, impondo grilhões e amarras que
subjugam o comportamento, os sentimentos e a vontade humana, manipulando
relações com consequências traumáticas, que impetram maldições que se perpetuam
por gerações”. [pág34]
Se você não tem tido domínio sobre seus desejos, eu te desafio a não
apenas ler este post, talvez este livro, mas a buscar mesmo em Deus a
libertação. Lendo esse livro, eu percebi como esse espírito tentou influenciar
meus pensamentos e ideais a fim de me afastar do real amor de Deus, mas glórias
a Ele, este AMOR foi maior. Em breve continuamos com esta discussão. Aceito perguntas
e comentários, caso já existam.
Que Ele esteja no controle de cada um desses caracteres, de cada um de
nós!
“Esta é a mensagem que dele ouvimos e
transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma. Se afirmarmos que
temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a
verdade”.
I João 1.5-6
Um comentário:
Eu não li os post’s seguintes ainda, mas sorrateiramente vejo isso (esp. da sensualidade agindo) quando "meninos e meninas" se preparam para ir ao culto. Parece mais um desfile. Vejo facilmente um comparando guarda-roupas dos outros, enquanto outros com roupas sujas. Os bonitões são aqueles que nem se sentam de lado desses irmãos humildes (vamos assim dizer), não sentam e nem cumprimentam com a Paz do Senhor. Eles parecem de outro mundo quando estão perto. É um choque de realidade, que parece que Cristo abençoou só o mais bem arrumado. O estilo de vida simples é algo que não passa pela cabeça de nenhum crente (desculpe generalizar) e nem se debate isso!
Não tem como criar uma regra pra todos e nem se deve, pois somos livres. Porém vejo que esse "estilo de vida" de muitos crentes afasta pessoas mais humildes das igrejas. Muitas pessoas não querem ir na minha igreja por dizerem ser “igreja de rico”. Deus vai nos cobrar isso. E não fugi do assunto não, por que pecado só gera mais pecado. E nesse ambiente onde o culto “a si mesmo acontece” (mesmo que sem perceber) o espírito da sensualidade anda solto e saltitante. Jesus nos alerta para fugirmos de TODO TIPO de avareza. O Espírito Santo pode falar mais aos nossos corações sobre isso. Deus nos abençoe.
Jones
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